segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PARQUE DO IBIRAPUERA INAUGURA PLAYGROUND INCLUSIVO

         Dia 10 de outubro, antevéspera do dia da criança, foi inaugurado no Parque Ibirapuera em São Paulo um brinquedo acessível para crianças com deficiência. A nova atração conta com rampas de acesso e corrimãos, para crianças com mobilidade reduzida, e piso tátil, para orientação de crianças com deficiência visual, além de intervenções sonoras, como instrumentos de percussão.
            O evento ocorre em parceria da direção do parque com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
          Segundo o órgão, o brinquedo também é voltado para crianças sem deficiência, já que a ideia é levar ao parque a perspectiva de inclusão, com algo que não seja atrativo apenas para um segmento específico.


          Thaís Frota, arquiteta especializada em acessibilidade, analisou o brinquedo a pedido da Folha e o considerou bem adaptado e fiel à proposta.
          “Ele possibilita a brincadeira entre todas as crianças, sem segregar. Além disso, uma mãe em cadeira de rodas pode acompanhar o filho que não tem deficiência, por exemplo”, diz a arquiteta.
          A administração do parque afirmou que o projeto começou após a lei 11.982, de 16 de julho de 2009, que obriga parques de diversões a adaptarem pelo menos 5% de seus brinquedos para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, tanto quanto tecnicamente possível. De acordo com a administração, desde 2007 há um caminho acessível para chegar à marquise do parque.
          Bem que Porto Alegre e outras cidades poderiam se inspirar nessa iniciativa! Falar de inclusão hoje em dia está na moda. O que ainda não está na moda é colocar a inclusão em prática.  Nos Estados Unidos, por exemplo, todas as pracinhas de crianças possuem pelo menos um brinquedo inclusivo, como gangorras mais largas onde duas cadeiras de rodas podem ser colocadas, uma em cada extremidade. Crianças que desde cedo aprendem a conviver e a compartilhar com as diferenças certamente serão adultos mais preparados para viver num mundo sem barreiras físicas e aberto a todos.

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