quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MODA PARA DEFICIENTES FÍSICOS - INCLUSÃO SOCIAL NA MODA

         

          Aqui está uma situação que você já passou milhares de vezes: experimentar uma roupa antes de comprá-la. No que você vai prestar atenção? Se ela está dentro dos padrões ditados pelas tendências da moda, se as cores ficam bem em você e se o caimento no corpo é perfeito, certo? Essas mesmas preocupações foram levadas em conta pelo estilista na hora de desenvolver a peça. Só que com um detalhe básico: ele ou ela imaginou como aquela bela roupa ficava em você de pé. Agora pense bem se esse caimento é o mesmo se você passa sua vida sentado. Ou caminhando com a necessidade de apoio. A resposta é, provavelmente, não.
          Esse tipo de pensamento é o que rege a criação de quem trabalha com moda ergonômica e busca soluções em design e engenharia voltadas para pessoas que apresentem algum tipo de paralisia parcial no corpo ou até mesmo deficiência visual. "Não é a moda que diverge e, sim, a forma como ela é pensada, as técnicas de construção de uma peça. Ela tem que ser elaborada em cima de outra realidade, para no final você não notar que ela é diferente e principalmente deve dar uma qualidade melhor e um aumento de autoestima no indivíduo portador de deficiência", afirmou Fátima Grave, professora do Centro Universitário Belas Artes e pesquisadora na área de Modelagem Ergonômica junto à Fundação Selma, uma ONG de apoio a deficientes.
          A estilista está fazendo uma parceira com a empresa portuguesa Weadapt, criada em 2005 e voltada para a moda inclusiva. Um de seus representantes e professor da Universidade de Minho, Miguel Ângelo Carvalho, explicou como essa ciência funciona na prática: "Pensamos muito na funcionalidade. Por exemplo, não há sentido em um cadeirante usar calças com bolsos traseiros, porque não tem utilidade. O comprimento de um paletó ou blaser, por outro lado, não é o mesmo de uma peça comum, porque a pessoa fica sentada o tempo todo. Isso gera desconforto para ela. Da mesma maneira como você não veste uma roupa adulta tamanho G em uma criança, tem que adequar a moda a uma pessoa com deficiência."
          Outro lado interessante pesquisado pelos estilistas é a autonomia de quem vai por e tirar aquela peça de roupa. Novas tecnologias são estudadas para facilitar abotoamento, zíperes e soluções de abertura nas roupas, mas que nunca sejam visíveis ao olhar. "O deficiente não quer ser diferente. A moda é igual para todos", disse Miguel. E a inspiração vem justamente do contato com os portadores de deficiências, médicos, fisioterapeutas e centros de reabilitação. São eles quem informam o que é preciso fazer para que a vida seja mais fácil, confortável e, porque não dizer, mais bonita.

FONTE: Terra

O CHEIRO DE DEUS - SUGESTÃO DE LIVRO

        
        Está aí outro livro que sempre indico quando alguém pede uma sugetão literária. Do mesmo autor de "Hilda Furacão" -  o mineiro Roberto Drumond -  o "Cheiro de Deus" conta a história de uma dinastia inquieta e poderosa que tem como matriarca Inácia Micaela, que aprendeu a fazer amor com o tio e com ele se casou, alimentando a mistura e os arrepios da família.
       
        A narrativa arrebatadora de Drummond nos conduz para saga desta mulher que, armada com um rifle, aguarda o ataque de seu grande inimigo político, Coronel Bim Bim, único e inconfessável amor de sua vida, que se dirige à sua casa, na Belo Horizonte dos anos 50, com alguns jagunços, com a promessa de levar a cabeça da adversária para a cidadezinha de Cruz dos Homens e pendurá-la no casarão de 28 janelas.
       Aos 65 anos, Inácia está cega e teme morrer sem ter tempo de realizar seu grande sonho — apurar o olfato para sentir o cheiro de Deus. Usando e abusando do realismo fantástico, "O Cheiro de Deus" é um daqueles livros que prendem a atenção do leitor nas suas 408 páginas movimentadas.

O Cheiro de Deus
Roberto Drummond
Romance   408 páginas
Coleção Biblioteca Drummond
Capa e projeto gráfico: Silvana Mattievich
ISBN: 8573023872


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NÃO CONVIDEM ESTA MULHER!!!


          Galera! Não convidem esta mulher para casamentos, aniversários, formaturas, etc! Eheheheh!

A RAPOSA E O LENHADOR

        
           Existiu um lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.  
          Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem; e portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:
         - Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho.
         - Quando sentir fome, comerá seu filho!
       Um dia o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada... O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa... Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta...
       O lenhador enterrou  o machado e a raposa juntos.
       Moral da história: não ouça tudo o que os outros dizem, siga o seu coração e, principalmente, mantenha a cabeça fria!

sábado, 16 de outubro de 2010

CAMINHO DAS VACAS

          Estão falando demais nas tais vacas do CowParade! Sim, são bonitas, estilosas, viraram atrações turísticas e expuseram o trabalho de artistas locais. Para quem não sabe, são 80 vacas espalhadas pela cidade, que ficarão entre nós até o dia 21 de novembro.  Depois, elas serão leiloadas e o dinheiro será entregue ao Funcriança. A CowParade já passou por 55 cidades do mundo, inclusive São Paulo e Curitiba, e nesta empreitada nos pampas, vem dando pano pra manga. Normal, afinal, arte também é isso... Polêmica, discussões, pontos de vistas diferenciados. 



          Na Cidade Baixa uma das vacas foi roubada (e ao que tudo indica, por várias pessoas, visto que elas são de tamanho natural), e outras foram alvo de pichações. Nada fora do esperado.  Afinal, cada cultura se relaciona com a arte de uma forma própria, seja roubando, depredando ou tirando fotos. Sim, tem gente fazendo o “Caminho das Vacas”, perseguindo as leiteiras para encher o Orkut de fotos super originais com as esculturas - Eheheheh!

                                    
          Mas, qual o significado de 80 vacas espalhadas pela cidade?  “Ora, estamos no Rio Grande, e comemos churrasco o ano todo” – poderiam dizer alguns. Claro que se estivéssemos na Índia, tudo seria mais lógico e compreensível, mas tudo bem. Não estou de forma alguma desvalorizando o trabalho artístico dos nossos gaúchos...  Ao contrário... Mas, o que me deixou mais contente com essa história toda, é que a Brigada Militar aumentou o seu contingente no Parque da Redenção, a fim de proteger a vaca que está próxima ao arco.
                                
     
          Viram só que barato isso! O poder que tem uma vaca! A galera que corre no parque depois das 19h já pode se sentir mais tranqüila ao passar pela José Bonifácio, pois graças a vaquinha do arco, certamente haverá um brigadiano por perto! Se para aumentar o policiamento da cidade é preciso de coisas desta natureza, que venham as galinhas, os porcos, a fazendinha toda!!!! Eheheheh!

                                   

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A COSTUREIRA E O CANGACEIRO - SUGESTÃO DE LIVRO

         Volta e meia alguns amigos me pedem sugestões de algo para ler. Por isso, decidi colocar no blog  alguns livros legais. O primeiro livro que recomendo é "A Costureira e o Cangaceiro", que conta uma história emocionante que se passa no nordeste brasileiro nos anos 20 e 30.


          Na pequena Taquaritinga do Norte, Emília e Luzia aprendem desde cedo o ofício da tia, a melhor costureira da região. Em meio a moldes, fazendas, linhas e agulhas, as moças vão tecendo caminhos inesperadamente opostos. Luzia é incorporada a um bando de temíveis cangaceiros e vai viver com eles no sertão. Emília encontra no casamento a sua passagem para a tão sonhada vida na capital, o Recife. Sertão e cidade desafiam as irmãs a se transformarem, mas o laço que as une não se abala com as mudanças, e elas farão de tudo para tentar proteger uma à outra.


Autor: Frances de pontes Peebles
Editora: Nova Fronteira
Ano de Lançamento: 2009
Número de Páginas: 624

Recomendo!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

13 DE OUTUBRO - DIA DO FISIOTERAPEUTA


         Pois é, 13 de outubro! Dia do fisioterapeuta! Aí vai um videozinho antigo, mas que traduz muito o real significado da nossa profissão! Abraço a todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do Brasil!

domingo, 10 de outubro de 2010

BORDEL PARA DEFICIENTES FÍSICOS

      
        Está sendo construído no sul da Holanda, na cidade de Heerlen, na fazenda Den Struyver, datada do século 18, um bordel chamado clube Dutch Desires (ou Desejos Holandeses, em português), que poderia ser apenas mais um bordel, não fosse a intenção. O clube é projetado pensando no deficiente físico.
        Segundo a publicidade do empreendimento, o clube “terá todo o luxo e facilidades que qualquer deficiente físico precisa para sanar as suas necessidades sexuais“. E o gerente Frans Borkowitz completa “O que queremos, antes de mais nada, é acabar com o tabu contra deficientes, só faltava um local apropriado para colocar isso em prática”.
        O bordel, que não será exclusivo para deficientes físicos, “terá algumas facilidades para clientes de cadeiras de rodas. Haverá seis quartos com camas adaptadas, portas corrediças, elevador e entrada rebaixada para cadeiras de rodas. No bar, uma parte do balcão do bar será mais baixa do que a altura padrão“.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

GANHEI UM BOTERO


       
        Dia desses ganhei de um amigo um Botero. Me sentindo um completo ignorante, fui procurar na internet algo sobre a obra desse pintor colombiano que eu até então desconhecia. Interessantíssimo! A Monalisa gordinha, que logo logo estará na minha sala serviu de estímulo para que eu fosse atrás da obra desse instigante pintor.



       Fernando Botero, pintor colombiano, nasceu em 19 de abril de 1932, em Medellin, Colômbia. Para este artista a cor é fundamental nos seus quadros porque ilumina a pintura. Nos seus quadros somente existe a forma e a cor interior também procura sempre uma certa monumentalidade.
        Há quem não goste de suas pinturas e esculturas, outros tantos que vejam em sua obra uma apologia à obesidade. Mas a obra de Botero é uma releitura instigante dos ideais de beleza do Renascimento.
         Suas obras destacam-se sobretudo por figuras rotundas, o que pode sugerir a estaticidade da humanidade. Há de se perceber uma crítica social, especilamente no que diz respeito à ganância do ser humano. A obra do pintor das figuras gordinhas e amáveis retratadas em cenas do cotidiano é facilmente reconhecida até por quem não costuma freqüentar galerias de arte.

PANTALEÃO E O NOBEL

        O escritor peruano Mario Vargas Llosa foi anunciado nesta quinta-feira (7) como o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2010. O título é escolhido por membros da academia sueca e dá um prêmio de 10 milhões de coroas suecas, algo em torno de R$ 3 milhões. O favorito ao Nobel deste ano era o escritor e poeta sueco Transtromer, mas o autor de obras como A Cidade e Os Cachorros, (1963), A Casa Verde (1966) e Tia Júlia e o Escrevinhador(1977), entre outras, levou a melhor.
        Outros literários importantes, entre eles Philip Roth, Cormac McCarthy, o queniano Ngugi wa Thiong'o e o Haruki Murakami, ficaram de fora da competição. Vargas Llosa é conhecido por sua biografia crítica contra a hierarquia de castas sociais e raciais e teve ativa participação política em seu país (Fonte: site Terra).
 
        Por coincidência, atualmente estou lendo "Pantaleão e as Visitadoras", uma história divertida onde um oficial do Exército peruano é encarregado de montar um serviço de visitadoras em plena selva amazônica. Entenda-se por "visitadoras" um grupo de moças cuja função é "divertir" os soldados. No ano passado li "tia Júlia e o Escrivinhador", outro livro muito legal onde o autor narra a sua paixão por uma tia na juventude. Mas, para quem não leu nada dele ainda, indico "A Guerra do Fim do Mundo", um livro maravilhoso onde Mario Vargas Llosa faz uma brilhante recostituição da Guerra de Canudos.

        O escritor peruano Mario Vargas Llosa é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2010. A seguir, veja a lista dos premiados dos últimos 15 anos:
2010: Mario Vargas Llosa (Peru)
2009: Herta Mueller (Alemanha)
2008: Jean-Marie Gustave Le Clezio (França)
2007: Doris Lessing (Grã-Bretanha)
2006: Orhan Pamuk (Turquia)
2005: Harold Pinter (Grã-Bretanha)
2004: Elfriede Jelinek (Áustria)
2003: J.M. Coetzee (África do Sul)
2002: Imre Kertesz (Hungria)
2001: V.S. Naipaul (Grã-Bretanha)
2000: Gao Xingjian (França)
1999: Gunter Grass (Alemanha)
1998: Jose Saramago (Portugal)
1997: Dario Fo (Itália)
1996: Wislawa Szymborska (Polônia)