quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ABSURDO!!! - TAXISTAS SE NEGAM A TRANSPORTAR CADEIRAS DE RODAS EM PORTO ALEGRE

          Fiquei indignado quando li esta reportagem no Clic RBS! Que em geral,  os taxistas de Porto Alegre são mal educados e grossos, isso eu já sabia... Não estou sendo leviano... Não gosto de carro e utilizo muito este serviço e sei do que estou falando! Que reclamam quando a corrida não é longa, ficam bufando e soltando piadinhas, também já sabia... Que alguns inclusive agridem passageiros também não é novidade, visto que no ano passado, várias pessoas foram espancadas por taxistas que "as consideravam suspeitas"... Mas que agora se negam a transportar cadeiras de rodas, confesso que é novidade para mim! 
         Na verdade, o taxista que for um pouquinho mais inteligente do que a média dos seus colegas (o que também não deve ser uma coisa muito difícil), vai se dar bem... Se eu fosse taxista, colocava um adesivo de pessoas com deficiência no vidro do carro e passava a dar prioridade a este tipo de passageiro, sem reclamar e sem cobrar mais caro... Se eu fosse cadeirante, iria procurar por esse taxista, visto que teria pelo menos a garantia de que minha cadeira seria transportada e que não seria insultado na minha dignidade e no meu direito de ir e vir. 
          Quanto a um táxi especial cobrar 50% a mais na corrida para transporar uma cadeira de rodas, acho um absurdo que deve ser discutido e revisto pela EPTC.  Boa vontade e educação são primordiais nas relaçoes humanas e profissionais. Acho até, que para ser taxista, o sujeito deveria fazer um cursinho de boas maneiras. Um bem básico já ajudava bastante... Bem, leiam a postagem e tirem suas conclusões...

Cristiano


          "Enquanto cadeirantes alegam dificuldade para conseguir táxis na Capital, taxistas reconhecem o problema, mas justificam a dificuldade em transportar cadeiras de roda devido a falta de espaço nos veículos. A EPTC alerta que o taxista que se negar a prestar o serviço pode ser autuado, já que estará descumprindo de uma lei municipal.

          "Cidade tem que estar preparada para receber pessoas com deficiência", diz presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre.

          Conseguir um táxi tem sido um drama para a advogada Mariana Saraiva Silva, de Porto Alegre. Ela é cadeirante e dificilmente encontra um taxista disposto a fazer o transporte da cadeira de rodas. Falta espaço no porta-malas devido ao gás veicular, além do receio dos taxistas em danificar o banco traseiro.

          — Eu me sinto péssima, até em questão de auto-estima, a gente se sente deixada de lado, se sente um peso na forma como eles agem, né? Eu me sinto super mal. Sou uma cidadã, pago impostos como todo mundo e tenho meus direitos, quero ter o meu direito de ir e vir preservados. Destrói a auto-estima de uma pessoa — desabafa Mariana.

          O taxista José Cestari reconhece o problema. Ele defende a adoção de medidas urgentes para tornar os táxis de Porto Alegre aptos a fazer esse transporte. Ele sugere a criação de um suporte para a colocação da cadeira do lado de fora do carro, como aqueles para bicicletas.

          Cestari admite que às vezes é obrigado a negar corrida a cadeirantes.

          — Muitas vezes a gente tem que parar em lugar proibido para colocar a cadeira dentro do veículo, e nós não temos espaço para a cadeira. Eu sinto muito em estar falando, de ver a dificuldade do cadeirante para pegar um táxi

          O diretor-presidente da EPTC diz ter conhecimento de reclamações de usuários sobre o problema. Ele explica que o taxista que se negar a lavar um cadeirante está descumprindo lei municipal. Vanderlei Cappellari alerta que o passageiro deve anotar o prefixo e encaminhar reclamação para o telefone 118.

          O taxista que se negar a levar cadeira de rodas pode ser autuado e, em caso de reincidência, perder a permissão para trabalhar.

          Os táxis não podem cobrar a mais pelo serviço, a não ser que seja um veículo especial, equipado com elevador, semelhante aos que tem em alguns ônibus da capital.

          Neste caso, a corrida custa 50% a mais.

Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/ (10/01/2011)

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