terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DEZ MULHERES DA HISTÓRIA DO BRASIL - ANITA GARIBALDI

          Seguindo a onda feminista que assola o país de norte a sul com o ínicio do governo da presidente Dilma Rousseff, decidi fazer uma pesquisa sobre as dez mulheres mais conhecidas da história do Brasil. Não pensem que eu não tinha mais nada para fazer... É que gosto um monte de história!!! Eheheh!

1) ANITA GARIBALDI



          Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Lages (no ano de 1821), que na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana Maria de Jesus Ribeiro.
         Anita Garibaldi, descendente de portugueses imigrados dos Açores à província de Santa Catarina no século XVIII, provinha de uma família modesta. O pai Bento era comerciante em Lages e casou-se com Maria Antônia de Jesus, com a qual teve seis filhos.
          Após a morte do pai, Anita cedo teve que ajudar no sustento familiar e, por insistência materna, casou-se aos 14 anos, com Manuel Duarte de Aguiar, na Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Depois de somente três anos de matrimônio, o marido alistou-se no exército imperial, abandonando a jovem esposa. Ela então pede o desquite por abandono e volta a casa da mãe.
          Durante a Revolução Farroupilha, o guerrilheiro italiano Garibaldi  participa da tomada do porto de Laguna, na então província de Santa Catarina, onde conheceu Anita, que se apaixonou e decidiu lutar pela independência gaúcha e de outros territórios.


          Na Batalha de Curitibanos, no início de 1840, Anita foi feita prisioneira, mas o comandante do exército imperial, admirado de seu temperamento indômito, deixou-se convencer a deixá-la procurar o cadáver do marido, supostamente morto na batalha. Em um instante de distração dos guardas, tomou um cavalo e fugiu. Após atravessar a nado com o cavalo o rio Pelotas, chegou ao Rio Grande do Sul, e encontrou-se com Garibaldi em Vacaria.
          Em 16 de setembro  de 1840 nasceu na então vila e atual cidade de Mostardas o primeiro filho do casal, que recebeu o nome de Menotti Garibaldi. Depois de poucos dias, o exército imperial cercou a casa para prender o casal, e Anita fugiu a cavalo com o recém-nascido nos braços e alcançou um bosque aos redores da cidade, onde ficou deitada por quatro dias, até que Garibaldi a encontrou.
          Em 1841, quando a situação militar da República Riograndense tornou-se insustentável, Garibaldi solicitou e obteve do general Bento Gonçalves a permissão para deixar o exército republicano: Anita, Giuseppe e Menotti transferiram-se Montevidéu  no Uruguai, onde permaneceram por sete anos. Em 1842 oficializaram sua união, casando-se na paróquia de San Bernardino.


          No Uruguai nasceram os outros três filhos do casal: Rosa (1843), Teresa (1845) e Ricciotti Garibaldi  (1847). Rosa faleceu aos dois anos de idade por asfixia, por causa de uma infecção na garganta, o que fez Anita e Garibaldi sofrerem muito.
          Em 1847, Anita foi para a Itália com os 3 filhos e encontrou-se com a mãe de Garibaldi. Elas depois viajaram para a cidade de Nizza, (atual Nice, na França), onde ficaram morando. O próprio Garibaldi reuniu-se a eles alguns meses depois, quando voltaram a Itália. Os filhos de Anita e Garibaldi ficaram morando na França com a mãe dele.
          Em  9 de fevereiro de 1849, presenciou com o marido a proclamação da República Romana, mas a invasão franco-austríca de Roma, depois da batalha no Janículo, obrigou-os a abandonar a cidade. Com 3 900 soldados (800 deles a cavalo), Garibaldi deixou Roma.  Em sua perseguição saíram três exércitos (franceses, espanhóis e napolitanos) com quarenta mil soldados. Ao norte lhes esperava o exército austríaco, com quinze mil soldados. Anita e o marido tinham que enfrentar a guerra e lutar para salvar o território italiano. Mesmo grávida do 5º filho, ela enfrentou tudo até o fim.
Anita, no final da gravidez, tentou não ser um peso para o marido, querendo deixá-lo despreocupado para lutar sozinho na guerra, em que ela poderia ir mora com a mãe dele, como seus filhos moravam, mas suas condições de saúde pioraram quando atingiram a República de San Marino. Ela e Garibaldi decidiram não aceitar o salvo-conduto oferecido pelo embaixador americano e continuaram a fuga, pois não teriam como lutar contra milhões de soldados e se fossem presos, morreriam na cadeia.
          Com febre e perseguida pelo exército austríaco, foi transportada às pressas à fazenda Guiccioli, próximo a Ravenna, onde morreu no parto junto com a criança, em 4 de agosto de 1849, para desespero de Garibaldi.
          Caçado pelos austríacos, sem nem sequer poder acompanhar o sepultamento da esposa, Garibaldi saiu outra vez para o exílio e nos dez anos em que esteve fora da Itália, os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes. Por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice. Em 1932, seu corpo foi finalmente sepultado no monumento construído em sua homenagem no Janículo, em Roma.


Cena de "A Casa das Sete Mulheres"

Fonte: Wikipedia

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