sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO

     
      Designa-se de Acompanhamento Terapêutico ou AT à ação de um profissional da área da saúde ou da área de educação, junto de alguém que apresente alguma dificuldade psicossocial do tipo mental, ou outros distúrbios, de forma a promover a inclusão social e o desenvolvimento da sociabilidade da pessoa portadora da dificuldade. É desenvolvido por profissionais da área da saúde e da educação, que tenham formação compatível para tal.
      O trabalho é utilizado como complementar a outros tipos de atendimentos, seja a psicoterapia, o tratamento medicamento, ou outro tipo. O objetivo é resgatar aspectos saudáveis da vida da pessoa que está com dificuldades por problemas como: transtornos mentais; dependências químicas, deficiências mentais e síndromes que envolvam os aspectos físicos, mentais e sociais.
      O profissional que tenha qualificação necessária para atender no AT é denominado acompanhante terapêutico e utiliza-se dos mais variados referenciais teóricos, de acordo com sua formação: linhas psicanalíticas como freudianas, lacanianas, neoreichianas, winnicottianas; associadas aos referencias da reforma psiquiátrica e da reabilitação psicossocial.
      Como se trata de uma prática clínica, para se exercer o Acompanhamento Terapêutico (AT) o profissional deve estar em trabalho de análise pessoal e supervisões clínicas dos casos atendidos, que devem ser realizadas por profissionais específicos, ou seja outro acompanhante terapêutico (at) com mais experiência.
      Na atividade, podem ser realizadas saídas pela cidade e por vezes, intervenções na família, visando o reconhecimento e a ampliação dos espaços externos e internos do paciente, bem como a recuperação de suas habilidades nas ações cotidianas.
      No Brasil, em um primeiro momento, o AT chega em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1960 com grande influência das comunidades terapêuticas dos EUA. Com o desenvolvimento do movimento de desinstitucionalização dos hospitais psiquiátricos, na década de 1970, também surge a influencia da psiquiatria democrática da Itália, representado pela figura de Franco Basaglia. Hoje, existem ats em todo o Brasil, ligados a instituições ou em grupos independentes. Os ats utilizam os mais variados referenciais teóricos, como a psicanálise, o psicodrama, a terapia cognitivo-comportamental, a sistêmica, o humanismo associados aos refrenciais da reforma psiquiátrica e da reabilitaão psicossocial.

Fonte: Wikipedia

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