segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A ORIGEM DO NATAL: JESUS CRISTO NÃO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO

     
      O Natal é juntamente com a Páscoa, a festa mais importante do cristianismo. As duas datas celebram, respectivamente o nascimento e a morte de Cristo. Quanto à morte de Cristo, não paira nenhuma dúvida, visto que foi julgado e crucificado nas comemorações da Páscoa judaica por volta do ano 27 ou 33 d.C.. O mesmo não acontece com a data do nascimento, pois não há nenhuma referência ao dia nos quatro evangelhos que registraram a vida de Cristo.
      Sem registro de uma data de nascimento, o aniversário de Cristo, comemorada pela maioria das igrejas cristãs no dia 25 de dezembro, é uma usurpação da data de nascimento de Mitra, o deus touro persa, deus solar, cultuado na Roma antiga como “Sol Vencedor”.
      As comemorações das Saturnálias (festas em honra ao deus romano Saturno), que culminavam com a comemoração do nascimento de Mitra, após o solstício de inverno no hemisfério norte, eram as festas pagãs mais tradicionais de Roma. Mesmo depois da cristianização do poderoso império, as tradições pagãs não se renderam à nova religião, o que levou a igreja primitiva cristã a transformar as festas nas comemorações do nascimento de Jesus Cristo, estabelecendo assim, o dia 25 de dezembro como a data natalícia oficial.
      Originário das festas pagãs, o Natal, poderosa e importante festa do mundo cristão, nada mais é do que a adaptação da festa de um deus proscrito e esquecido, o misterioso deus solar Mitra, senhor do sol em um mundo incondicionalmente pagão.
      Para explicar a data de nascimento de Cristo, é preciso que se procure pistas no nos evangelhos cristãos. Dos quatro evangelhos, apenas o de Lucas faz uma breve referência sobre a possível época do ano que Cristo nasceu:
      “E ela deu à luz o seu filho, o primogênito, e o enfaixou e deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles no alojamento.
Havia também no mesmo país pastores vivendo ao ar livre e mantendo de noite vigílias sobre os seus rebanhos.
(Lucas 2:7-9)
      Considerando este registro, anula-se totalmente a possibilidade do nascimento ter acontecido em dezembro. Se os pastores ainda estavam nos campos, cuidando dos rebanhos, é sinal de que a data era na primavera ou no verão. O mês judaico que corresponde a novembro e a dezembro é o de Kislev, sendo um mês frio e chuvoso, o que impossibilita que se encontre pastores nos campos, à noite e ao ar livre. O mês seguinte Tevet (correspondente aos meses de dezembro e de janeiro do calendário Gregoriano), é quando ocorrem as temperaturas mais frias do ano, com nevadas ocasionais, o que impossibilitava aos antigos ficar nos campos ao ar livre, principalmente no período noturno.
      Diante de estudos mais específicos, mediante ao relato de Lucas, aos fatos de que evidenciavam a presença dos pastores ainda nos campos durante a noite, aos arredores do local onde Maria dera à luz, conclui-se que, 25 de dezembro, pleno inverno, não pode ser a data do nascimento de Cristo, que se teria dado na primavera ou no verão. Considerando-se que Cristo viveu 33 anos e meio, morrendo entre 22 de março e 25 de abril, esta data torna-se definitivamente impossível de ser a do seu nascimento.
      A história do Natal começa sete mil anos antes do nascimento de Cristo, sendo tão antiga quanto às próprias civilizações. A festa tinha como motivo a celebração do solstício de inverno no hemisfério norte. No dia do solstício, tem-se a noite mais longa de todo o ano, a partir dessa madrugada de dezembro, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. Para as civilizações antigas, o solstício de inverno era o momento do renascimento do sol, marcando a vitória gradual da luz sobre as trevas. Os dias mais longos significavam a volta das farturas aos campos, culminando com as boas colheitas.
      Na Mesopotâmia, as comemorações da volta dos dias longos a partir do solstício de inverno, eram celebradas durante doze dias. O mesmo solstício relembrava no Egito antigo, a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Nas ilhas Britânicas, as festas do solstício aconteciam em volta do monumento de Stonehenge, que marcava a trajetória do sol ao longo do ano. Na Grécia o solstício marcava o culto a Dioniso, deus do vinho e da embriaguez. Na Pérsia o solstício marcava o nascimento de Mitra, deus sol e do renascimento, representado sempre ao lado de um touro.
      No século IV a.C., o culto ao deus Mitra chega à Europa. Muitos séculos depois, os soldados romanos viraram ardorosos adoradores do deus, levando a divindade para Roma, estendendo a sua veneração a todo o império. Os romanos festejavam a data de nascimento de Mitra no dia 25 de dezembro, data do solstício de inverno no antigo calendário Romano (no calendário atual a data que se dá o solstício é no dia 20 ou 21, conforme o ano).
      Com o tempo, Mitra tornou-se um dos deuses mais venerado de Roma. Na data do seu nascimento, 25 de dezembro, os romanos comemoravam o nascimento do menino Mitra, o invicto, deus que trazia o alvorecer de um novo sol. Na data os sacerdotes faziam sacrifícios ao deus, a população entrava em festa, as famílias trocavam presentes dias antes, grandes comilanças e orgias aconteciam durante as comemorações do nascimento de Mitra. O culto ao deus que trazia a luz ao mundo é o que dá origem ao Natal cristão.
      Outra grande festa pagã realizada na Roma antiga em dezembro, era a Saturnália, que homenageava ao deus Saturno, tendo a duração de uma semana. Tornando-se a festa mais sagrada da Roma antiga, Mitra ganharia a celebração exclusiva do Festival do Sol Invicto, fechando oficialmente a Saturnália.
      Quando Constantino converteu o império romano ao cristianismo, não conseguiu acabar com as tradições pagãs, principalmente as festas em homenagem a Mitra, tão populares e entranhadas nas tradições dos romanos. Com a ausência de uma data específica que apontasse o nascimento de Cristo, o dia 25 de dezembro foi adotado para que coincidisse com as festividades do nascimento do deus sol invicto. Assim, a igreja cristianizou a mais importante das festividades pagãs, transformando-a em um ícone do mundo cristão.
      Registros do almanaque romano apontam o Natal cristão celebrado em Roma já no ano de 336 d.C.. Como o Império Romano era imenso, na sua parte oriental, comemorava-se em 7 de janeiro o nascimento de Cristo, ocasião tida como a do seu batismo. Já no século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar oficialmente o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para a Epifania (manifestação), comemorando-se nesse dia a visita dos magos. Usurpava-se, assim, a data do nascimento do deus persa Mitra, transformando-a na festa mais importante do mundo cristão, ao lado da Páscoa.


FONTE: http://jeocaz.wordpress.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário