domingo, 15 de abril de 2012

TITANIC - 100 ANOS DEPOIS


      No momento em que o Titanic terminou de naufragar, às 2h20 do dia 15 de abril de 1912, teve início uma onda de fascínio que se espalharia pelo mundo e continuaria com impressionante força mesmo cem anos após a colisão com o iceberg. Houve desastres marítimos maiores, mais mortais, mais antigos e mais recentes, mas nenhum ocupou o mesmo lugar no imaginário popular como símbolo da incapacidade humana de controlar o universo, ainda que em posse da mais avançada tecnologia.
      Livros, filmes, peças e exposições ajudaram a manter o público interessado pela tragédia, uma história real que parece ficção. Quando partiu em sua viagem inaugural – de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova York, nos Estados Unidos -, o Titanic era o maior navio do mundo e considerado “praticamente inafundável”. A bordo viajavam os donos de algumas das maiores fortunas da época, que ao lado de centenas de imigrantes pobres seriam personagens de um naufrágio em tempo de paz que deixou mais de 1,5 mil mortos e apenas 705 sobreviventes.
      Antes de 1912, outras tragédias tinham provocado comoção - como o incêndio que destruiu a cidade americana de Chicago, em 1871, ou o grande terremoto de 1906 em São Francisco -, mas nenhuma se tornou e se manteve uma obsessão mundial como aconteceu com o Titanic.
      Tragédias marítimas mais graves que vieram depois caíram no esquecimento. Poucos conhecem o petroleiro Vector, que em dezembro de 1987 colidiu com uma balsa nas Filipinas, deixando mais de 4,3 mil mortos – o maior desastre marítimo da história em tempos de paz. Ainda menos conhecida é a tragédia com o barco superlotado Neptune, que afundou em fevereiro de 1993 no Haiti, causando cerca de 1,7 mil mortes.
      Por que, então, não esquecemos o Titanic? Para o pesquisador inglês Tim Maltin, que integra a equipe da National Geographic, o acidente de 1912 foi marcante principalmente porque lembrou o homem sobre seu lugar no mundo. “O Titanic é a perfeita tragédia: o homem tentou controlar o universo, mas viu que sua grandeza não é total”, afirmou. “Até a mais avançada tecnologia pode ser dobrada por um vasto universo que nunca entenderemos.

FONTE: Ig

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