sábado, 25 de agosto de 2012

24 DE AGOSTO - O ÚLTIMO DIA DE POMPÉIA


      Pompéia, a bela cidade dos prazeres sexuais da antiguidade, situa-se na região de Campania, província de Nápoles, Itália. Pertenceu ao Império Romano e era o local preferido para as orgias dos imperadores, sua corte  e de ricos mercadores da época.
      No dia 24 de agosto de 79 d.C. tudo parecia rotineiro, mas de repente o chão começou vibrar e cerca de uma hora antes do meio dia a temperatura do mar subiu na Baia de Nápoles. Ouviu-se um estrondo como se a terra tivesse sido atingida por um raio. O céu encheu-se de luz e, minutos depois, a calma cidade de Pompéia sentiu a fúria do Vesúvio. A cidade toda foi tomada por cinzas e lavas incandescentes que a sepultaram por mais de 1600 anos, quando foi descoberta por acaso.
      Com um trabalho delicado e municioso, os arqueólogos revelaram ao mundo  a surpreendente forma de vida de um povo que cultuava os prazeres sexuais e eróticos.
      As cartas de Plínio, o jóvem, para Tácito, o historiador da Antiguidade, descrevem em detalhes o pânico que tomou conta dos habitantes. "A nuvem que subiu do Vesúvio desce sobre a tera e o mar ocultando a ilha de Capri e o Cabo de Misenus. Minha mãe implora para que eu me salve, dizendo-me que a fuga é possível para mim  que sou jovem, mas impossível para ela  por ser idosa e estar enfraquecida por sua enfermidade, dizendo que morrerá feliz se eu me salvar. Seguro firmemente sua mão, forçando-a a me acompanhar... as cinzas estão caindo sobre nós... Volto-me e vejo logo atrás de nós uma densa nuvem  de fumaça que nos alcança e cai sobre nós como chuva. Enquanto ainda podiamos ver, gritei: vamos sair da estrada ou a multidão poderá nos pisotear.
      Nem bem saimos do caminho, a escuridão caiu e o dia se transformou em uma noite escura, como se estivessemos dentro de uma sala cujas luzes houvessem sido apagadas subtamente. Eu não podia ouvir nada além de vozes de mulheres, choros convulsivos de crianças e gritos desesperados de homens. Um chamava seu pai, outro seu filho e sua mulher. Suas vozes eram o único meio de que dispunham para se reconhecer."
      "Alguns chegaram a imaginar que era o fim do mundo e, com medo da morte, puseram-se a invocar os deuses..."
      A erupão do Vesúvio soterrou toda a cidade, seus teatros e templos romanos, suas vilas luxuosas, coleções de arte e, também, as muitas atividades sexuais das quais os habitantes participavam. Calculos arqueológicos indicam que haviam mais de 20 mil  habitantes  em Pompéia e dez % foram sepultados com a cidade. 
      Em Pompéia a vida era intensa e a busca pelos prazeres sexuais era o objetivo principal de seus habitantes e visitantes.
      Naquela época as prostitutas eram muito bem acolhidas em todas as cidades romanas e tinham livre acesso a todos os niveis da vida social e política. Tomavam parte nos divertimentos públicos do próprio imperador.
      Em seu Anais, o historiador Tacitus descreve um desses eventos. " A diversão conteceu em uma embarcação construida no lago de Marcus Agripa. Ela foi rebocada por outros  barcos, com adornos de ouro e marfim. Seus remadores eram degenerados, escolhidos pela idade e maus habitos. Tigellinus havia também trazido pássaros e animais de terras longínquas, e até mesmo produtos do oceano.  Nos cais havia bordéis com mulheres de alta classe. Neles eram vistas prostitutas nuas fazendo gestos indecorosos e em posições indecentes."
      Tacitus  conta ainda que o imperador se apaixonou e casou com uma das prostitutas. Em sua narrativa ele diz: "Nero já havia corrompido por toda a sorte de luxúria. Mas agora ele refutava quaisquer suposições de que não seria possível qualquer outra degradação para ele. Alguns dias após a demonstração pública, ele se casou formalmente  com uma das pervertidas chamada Pitágoras".
      Essa era a forma de vida da cidade que o vulcão Vesúvio sepultou e conservou sob cinzas e lavas por mais de 1600 anos.
Os registros, obras de arte e documentos tão bem preservados são de valor inestimável. Nos dão informações  precisas sobre os habitos e  formas de vida de uma época tão distante. 
      No Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles, existe uma sala com a mais fina coleção de arte erótica de todo o mundo. São cerca de 250 obras mostrando todos os atos sexuais imagináveis. É um testemunho quase vivo sobre a vida sexual dos antigos habitantes de Pompéia. 

Nicéas Romeo Zanchett

FONTE: http://pompeia.fotosblogue.com/


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