quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MÍDIA: INIMIGA OU ALIADA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA?


Descrição do Abadá: um cego empurra um deficiente físico em sua cadeira de rodas. O deficiente físico aponta para um buraco no chão.

Manuel Negraes

      Vivemos um momento complexo no que diz respeito à participação social das pessoas com deficiência. Por um lado, temos uma legislação específica avançada e o envolvimento cada vez maior dos Ministérios Públicos. Por outro, ainda encontramos no cotidiano atitudes preconceituosas e práticas discriminatórias que preservam e reproduzem concepções antigas e errôneas sobre as deficiências em diversas esferas sociais.
      Hoje, após 30 anos da proclamação, pela Organização das Nações Unidas (ONU), do "Ano Internacional da Pessoa Deficiente"1, esta é a contradição enfrentada pela maioria desse segmento no Brasil. Ao mesmo tempo, tem sido cada vez maior o número de pessoas com deficiência e de organizações da sociedade civil que buscam, com diversas práticas e ações, tanto o cumprimento dos direitos conquistados nas últimas décadas como, também, uma reflexão mais profunda e eficaz em toda a comunidade acerca da diversidade humana.
      Nesse contexto, a mídia é considerada, por muitos especialistas e representantes das pessoas com deficiência, uma grande aliada para a inclusão social, na medida em que esta pode exercer um duplo papel importante: fiscalizar o poder público em relação ao cumprimento das leis específicas e conscientizar a comunidade com informações que combatem atitudes preconceituosas.
      No entanto, a maioria dos meios de comunicação de massa foca suas reportagens e programas nas pessoas com deficiência e não nas causas sociais da desigualdade e da discriminação – como nos obstáculos arquitetônicos, na péssima qualidade da educação básica, da reabilitação e da saúde preventiva e, sobretudo, na desinformação da população em relação ao tema.
      Além disso, muitos profissionais dessa área ainda colocam as pessoas com deficiência como "heróis" ou "coitadinhos". Dessa maneira, colaboram para a manutenção de estereótipos e estigmas construídos historicamente e cristalizados no senso comum que prejudicam as relações sociais entre as diferenças (inclusive utilizando termos como "especiais", "vítimas", “superação”, “sofrimento” etc.).
      Assim, alguns assuntos como a acessibilidade, as características da síndrome de Down, da baixa visão e do autismo e a importância da Língua de Sinais Brasileira poderiam ser melhor trabalhados pelos jornais, emissoras de rádio e televisão e outros tipos de mídia. Mais ainda, esse campo de atuação poderia tanto inserir as pessoas com deficiência nos temas da vida cotidiana (ex: entrevistar um jovem com deficiência para uma matéria sobre juventude) como, também, incluir os interesses desse grupo nos debates mais amplos (ex: pautar a educação inclusiva nas discussões sobre a qualidade da educação em geral).
      Portanto, a mídia só vai ser uma aliada concreta das pessoas com deficiência quando mostrar para todos que essa questão – o convívio entre as diferenças – exige uma responsabilidade de todos. O que esse grupo espera dos meios de comunicação de massa (e de outros setores da sociedade) é uma boa utilização das datas comemorativas relacionadas às pessoas com deficiência, mas, sobretudo, respeito e dignidade em todos os dias do ano.

Notas
1 esse era o termo utilizado na época.

O FAPED ( Fórum Permanente de Apoio e Defesa da Pessoa com Deficiência do DF e Entorno) e a ABDV (Associação Brasiliense de Deficientes Visuais) lançaram em 2012 o 1º Bloco de carnaval das pessoas com deficiência.

"DEFICIENTE É A MÃE" vem para dar seu grito de independência e autonomia cavando, com as próprias mãos, um espaço de participação social. O tema deste ano é "Pacotão sem Limites" fazendo referência ao Plano "Sem Limites" do Governo Federal.



* Manoel Negraes, cientista social, 32 anos. Trabalha na área de Mobilização Social da Unilehu – Universidade Livre para a Eficiência Humana (manoel@unilehu.com.br) e no projeto Minuto da Inclusão do MID – Comunicação e Cidadania (manoel.mid@gmail.com).

FONTES: Rede Saci e Blog da Audiodescrição

FALTA DE CONHECIMENTO DIFICULTA TRATAMENTO DAS DOENÇAS RARAS


Três irmãs indianas possuem uma alteração genética conhecida como síndrome de lobisomem, uma das mais raras do mundo, que ocorre em uma pessoa a cada um bilhão

     
      O último dia de fevereiro marca a luta de milhares de pessoas ao redor do mundo que sofrem com doenças consideradas raras. Segundo o pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Roberto Giugliani, estima-se que 7% da população seja atingida por alguma das cerca de 6 mil doenças raras já identificadas no mundo. "O maior problema enfrentado por essas pessoas é que não há interesse por parte dos laboratórios em buscar tratamento para essas doenças raras", afirma médico, que atua no centro de genética do Hospital de Clínicas da universidade.
      Giugliani diz que o mesmo investimento necessário para se desenvolver um tratamento para uma doença rara pode ser disponibilizado, por exemplo, para criar um novo medicamento contra a diabete. "O que é mais rentável para a indústria farmacêutica, algo para tratar um, dois pacientes, ou para atender milhares de pessoas como é o caso da diabete?", questiona. O professor destaca ainda que é preciso haver incentivo por parte dos governos em pesquisas para desvendar esses casos raros.
      "O governo dos Estados Unidos tem um programa que repassa dinheiro para os laboratórios interessados em desenvolver tratamentos para essas doenças. Mas no Brasil a discussão ainda é muito recente e, infelizmente, ainda enfrentamos a falta de conhecimento sobre os sintomas de cada doença", afirma ao destacar que boa parte dos médicos no País não têm informações sobre casos raros, o que impede um diagnóstico precoce. "Muitas doenças poderiam ser tratadas ou até mesmo curadas se houvesse um diagnóstico preciso", completa.
      Hugo Nascimento, diretor de projetos do Instituto Baresi - entidade que reúne mais de 200 associações de portadores de doenças raras no Brasil - conhece bem o drama de não encontrar um diagnóstico. Ele começou a atuar junto ao instituto por causa da sobrinha, Beatriz, de 11 anos, que apresenta uma alteração no cromossomo 9. "Até hoje não conseguimos saber se é uma doença genética ou hereditária, já que o pai se recusou a fazer exames. Ela começou a caminhar somente com 4 anos e até hoje não fala. Assim como a minha sobrinha, temos muitos outros casos de pessoas que não conseguem um diagnótico para as suas doenças. Isso é muito triste, porque tira as esperanças de levar uma vida normal", lamenta.
      O Instituto Baresi defende a criação de centros de excelência nos Estados para acompanhar as pessoas que não conseguem um diagnóstico. "Com profissionais especializados e preparados para tratar esses casos, o diagnóstico seria mais rápido e o tratamento mais eficiente, reduzindo as mortes", defende. Um projeto de lei nesse sentido foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo no final do ano, mas vetado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na ocasião, a assessoria do governo informou que o sistema de saúde do Estado já contempla o atendimento a portadores de doenças raras.
      O professor da UFRGS concorda com Nascimento sobre a importância de se criar centros de referência para o tratamento das doenças no País. "O diagnóstico tardio leva ao agravamento das sequelas, por isso é preciso conhecer mais, ter preparo para lidar com esses casos", afirma ao ressaltar que também é necessário garantir o tratamento de forma gratuita para as famílias. "Muitos pacientes dependem de uma ordem judicial para ter direito ao tratamento porque o governo federal não reconhece boa parte das doenças", explica.
      Para o diretor do Instituto Baresi, o atendimento aos portadores de doenças raras deve ser garantido em lei. "Nós temos advogados nas associações que dão apoio às famílias junto a Justiça para garantir os tratamentos, que chegam a custar de R$ 20 a R$ 30 mil por mês. Mas precisamos evitar que essas pessoas, que já sofrem tanto, tenham que se submeter a uma decisão do juiz para poder viver de forma um pouco mais digna", defende.
 
Quais doenças são consideradas raras
      De acordo com o professor Roberto Giugliani, para ser considerada rara, uma doença não pode afetar mais do que um em cada 2 mil indivíduos, segundo o padrão europeu. Nos Estados Unidos, é considerada rara a doença que afeta um em cada 200 mil americanos, o que daria uma média de um para cada 1,6 mil. O pesquisador ainda explica que do total de cerca de 6 mil doenças identificadas, 80% é de origem genética. O restante corresponde a doenças degenerativas, auto-imunes, infecciosas e até tipos raros de câncer.
      O Dia Mundial das Doenças Raras é celebrado no último dia de fevereiro por ser considerado um mês "raro", que possui um dia a mais no calendário a cada quatro anos - o ano bissexto. Para hoje estão proramados congressos e palestras em várias capitais com o objetivo de se discutir as doenças raras. "Quanto mais informação conseguirmos passar para a população, menos preconceito vai existir contra essas pessoas que lutam diariamente para levar uma vida mais normal possível", diz Nascimento.

Angela Chagas

FONTE: TERRA

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DOENÇAS MALUCAS QUE ACOMETEM O SER HUMANO - PARTE 3


7. SÍNDROME DE COTARD
      Depressão extrema, em que o doente passa a acreditar que já morreu há alguns anos. Ele acha que é um cadáver ambulante e que todos à sua volta também estão mortos. Em casos extremos, o sujeito diz que pode sentir sua carne apodrecendo e vermes passeando pelo corpo... Na fase final, a vítima deixa até de dormir e sua ilusão pode efetivamente se tornar realidade. O nome da doença faz referência ao médico francês Jules Cotard, que a descreveu pela primeira vez em 1880. Apesar de depressivo e certo de que está morto, o doente, contraditoriamente, também pode apresentar idéias megalomaníacas, como a crença na própria imortalidade.



8. SÍNDROME DE RILEY-DAY
      Se você já sonhou em nunca mais sentir nenhuma dor, cuidado com o que pede... As vítimas dessa doença não sentem dores, mas isso é um problemão. Elas ficam muito mais sujeitas a sofrer acidentes porque param de registrar qualquer aviso de dano nos tecidos do corpo, como cortes ou queimaduras. A doença é causada por uma mutação no gene IKBKAP do cromossomo 9 e foi descrita pela primeira vez pelos médicos Milton Riley e Richard Lawrence Day. Sem o aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas comuns, a maioria dos doentes com a síndrome de Riley-Day tende a morrer jovem, antes dos 30 anos, por causa de ferimentos.


9. SÍNDROME DA REDUÇÃO GENITAL
      Também conhecido como koro, esse distúrbio mental deixa a pessoa convencida de que seus genitais estão desaparecendo. A maioria dos casos até hoje foi relatada em países da Ásia ou da África, e em muitos deles a síndrome parece ter sido contagiosa! Um dos episódios mais estranhos ocorreu em Cingapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou centenas de casos de homens que acreditavam que seu pênis estava sumindo. Um único caso da síndrome da redução genital foi registrado até hoje no Brasil, no Instituto de Psiquiatria da USP. Convencido de que seu pênis estava sumindo, o doente tentou se matar com duas facadas no abdômen!

10. CEGUEIRA EMOCIONAL
     A expressão "cego de emoção" existe na prática, e pode acontecer com qualquer pessoa normal. O problema foi descoberto recentemente por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Depois de olhar para alguma imagem forte, principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria das pessoas perde a vista por um curto espaço de tempo - décimos de segundo na verdade. Até agora, nenhum especialista conseguiu explicar o porquê dessa reação. A descoberta da cegueira emocional deu origem a um movimento no Congresso americano para que seja banida toda a publicidade com apelo erótico em grandes rodovias do país.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN APROVADO NO VESTIBULAR


      Ser aprovado em uma faculdade pública é um sonho de muitos jovens que se tornou realidade para Kallil Assis Tavares, 21 anos, que na próxima segunda-feira começa a estudar geografia no campus de Jataí da Universidade de Goiás (UFG). Para a instituição, a conquista de Kallil é ainda mais importante e precisa ser reverenciada, já que ele é o primeiro aluno com Síndrome de Down a ingressar na universidade. “Isso demonstra que nós estamos conseguindo superar o preconceito, que infelizmente ainda existe em nossa sociedade”, afirma a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, professora Dulce Barros de Almeida.
      Kallil não teve correção diferenciada, concorreu de igual para igual com todos os outros candidatos. “Apenas pedimos para que a universidade disponibilizasse um monitor para ler a prova e que as letras dos textos fossem maiores porque ele tem baixa visão”, disse a mãe do jovem, Eunice Tavares Silveira Lima. Segundo ela, Kallil sempre foi estudioso e desde criança gostava de mapas.
      “No segundo ano do ensino médio ele decidiu que iria fazer vestibular para geografia. Nós apoiamos a escolha, mas ficamos surpresos com a aprovação, era uma prova muito difícil”, afirmou Eunice. Ela ainda disse que o filho estudou apenas dois anos em uma escola especial. Com 5 anos de idade ele foi para um colégio privado de ensino regular. “O colégio não tinha nenhum aluno com Down, mas quando há vontade de se trabalhar a inclusão, se dá um jeito. Foi disponibilizado um monitor e os professores sempre apoiaram meu filho”, conta.
      Ela acredita que o fato de Kallil ter estudado em uma escola regular vai contribuir com a adaptação na universidade. “Não sou contra as escolas especiais, mas elas devem servir como um apoio, um lugar para onde os alunos vão no contraturno”, explica. A mãe ainda disse que não cria expectativas sobre como será o desempenho dele daqui em diante. “Não estamos programando nada especial para o Kallil quando começar as aulas. De acordo com as necessidades que ele apresentar, nós como família e a universidade teremos de nos adaptar”, disse ao destacar que o filho pode precisar do auxílio de um monitor durante as atividades em aula.
      A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG concorda sobre a importância de alunos com necessidades especiais frequentarem escolas regulares e diz que a universidade tem a obrigação de atender todas as exigências desses estudantes para que eles cumpram com o direito de fazer um curso superior. “Nós temos um aluno cego no curso de Ciência da Computação que recebe acompanhamento de um monitor. Se essa for a necessidade de Kallil, com certeza estaremos prontos para disponibilizar isso”.
      O núcleo para atender alunos com necessidades especiais na UFG foi criado em 2010. De lá para cá, a instituição ganhou 15 estudantes surdos, que fazem o curso de Letras, além do jovem cego. A professora Dulce espera que o caso de Kallil sirva de exemplo para que nas próximas seleções mais estudantes com necessidades semelhantes sintam-se motivados em fazer um curso superior. “Isso incentiva as famílias a acreditar no potencial que essas pessoas têm. E cabe a nós, como educadores, mostrar que o preconceito não pode existir mais”, completa.

Fonte: Portal Terra

FÉRIAS!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

DOENÇAS MALUCAS QUE ACOMETEM O SER HUMANO - PARTE 2


Uma pesquisa do jornal australiano Sydney Morning Herald relacionou algumas das síndromes mais estranhas que atingem o ser humano. Podem parecer doideiras, mas para cada uma dessas doenças existe um batalhão de médicos tentando descobrir a causa. E principalmente a cura. 


 SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS


      Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objetos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se estivesse numa "viagem" provocada por LSD. As vítimas da síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está mudando de forma ou de tamanho.


PICA
      Esse nome também estranho não tem nada de pornográfico: pica é uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer coisa. E a pica a síndrome, é claro... faz exatamente isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras, tocos de cigarros, tinta, cabelo... O problema atinge mais grávidas e crianças. Após comerem muita porcaria involuntariamente, os glutões ficam com pedras calcificadas no estômago.Em 2004, médicos franceses atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos esforços, ele morreu. Com cerca de 600 dólares no estômago...


MALDIÇÃO DE ONDINA
      O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas na mitologia pagã européia. A doença, mais estranha ainda, faz com que as vítimas percam o controle da respiração.
      Se não ficar atento, o sujeito simplesmente esquece de respirar e acaba sufocado! A síndrome foi descoberta há 30 anos e já existem cerca de 400 casos no mundo. Pesquisadores do hospital Enfants Malades, de Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um gene chamado THOX2B. O sistema nervoso central se descuida da respiração durante o sono e o doente precisa dormir com um ventilador no rosto para não ficar sem ar!

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS


Durante o XV Congresso Mundial de Sexologia, ocorrido em Hong Kong (China),
entre 23 e 27 de agosto p.p., a Assembléia Geral da WAS – World Association for Sexology, aprovou as emendas para a Declaração de Direitos Sexuais, decidida em Valência,
no XIII Congresso Mundial de Sexologia, em 1997


DECLARAÇÃO  DOS  DIREITOS  SEXUAIS

O desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas tais quais desejo de contato, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor.
Sexualidade é construída através da interação entre o indivíduo e as estruturas sociais. O total desenvolvimento da Sexualidade é essencial para o bem estar individual, interpessoal e social. Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade inerente,  dignidade e igualdade para todos os seres humanos. Saúde sexual é um direito fundamental, então saúde sexual deve ser um direito humano básico.
Para assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolva uma sexualidade saudável, os seguintes direitos sexuais devem ser reconhecidos, promovidos, respeitados e defendidos por todas sociedades de todas as maneiras. Saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece, respeita e exercita estes direitos sexuais.
  1. O DIREITO À LIBERDADE SEXUAL – A liberdade sexual diz respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. No entanto, aqui se excluem todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situações de vida.
  2. O DIREITO À AUTONOMIA SEXUAL, INTEGRIDADE SEXUAL E A SEGURANÇA DO CORPO SEXUAL – Este direito envolve a habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoa e social. Também inclui o controle e p praz er de nossos corpos livres de tortura, mutilação e violência de qualquer tipo.
  3. O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL – O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros.
  4. O DIREITO A LIBERDADE SEXUAL – Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.
  5. O DIREITO AO PRAZER SEXUAL – prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.
  6. O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL – A expressão é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.
  7. O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL – significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.
  8. O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRE E RESPONSÁVEIS – É o direito em decidir ter ou não ter filhos, o número e tempo entre cada um, e o direito total aso métodos de regulação da fertilidade.
  9. O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO – A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais.
  10. O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL COMPREENSIVA – Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as instituições sociais.
  11. O DIREITO A SAÚDE SEXUAL – O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, precauções e desordens.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

TÉCNICAS DE GUIA VIDENTE: SAIBA COMO CONDUZIR UM DEFICIENTE VISUAL


      Técnicas de Guia Vidente são técnicas utilizadas com o deficiente visual para que o mesmo ande com máxima segurança, quando acompanhado por uma pessoa que enxerga. Por isso o termo Guia Vidente. Tais técnicas fazem parte da Orientação e Mobilidade, uma área da educação especial voltada para a Habilitação/Reabilitação de pessoas com deficiência visual.
      Este artigo tem o propósito de divulgar essas técnicas existentes para o guia vidente com a finalidade de auxiliar e esclarecer algumas dúvidas. O objetivo destas orientações, é fazer com que o deficiente visual utilize o guia vidente com eficiência, segurança e de maneira adequada.

      É também objetivo deste artigo, proporcionar tranquilidade ao guia vidente, que muitas vezes se sente inseguro ao conduzir um deficiente visual principalmente em algumas situações específicas.
      É preciso lembrar porém, que não há nada que substitua a solidariedade, a educação e o bom senso. Nós humanos, seres inteligentes, pensantes e intelectualizados, temos todas estas qualidades que nos diferenciam dos selvagens, que agem por instinto, então, façamos bom uso dessas qualidades no trato com o outro, enfim, sejamos todos Acessíveis.
      A seguir, sete orientações que dão uma noção geral de como fazer essa condução para que ambos, deficiente visual e guia vidente possam andar tranquilamente em qualquer ambiente.

1. Posição básica

a) A pessoa com deficiência visual, deve segurar na altura do cotovelo do guia vidente, no pulso ou ombro, dependendo da diferença de altura entre ambos;

b) O braço do deficiente visual deve ficar flexionado a 90 graus e posicionado junto ao seu corpo, ficando posicionada ao lado e a meio passo atrás do guia vidente;

c) Essa posição garante ao deficiente visual interpretar as pistas dadas pelos movimentos do corpo do guia vidente, seja no início da caminhada, numa parada repentina, numa virada para a direita ou esquerda, subir ou descer escadas ou rampas;

d) O contato inicial pode ser dado por qualquer um dos dois desde que haja pistas verbais ou táteis;

e) Quando se for quebrar esse contato, deve-se deixar a pessoa com deficiência visual orientada no ambiente.


2. Troca de lado

a) O guia ou a pessoa com deficiência visual fornece uma pista verbal para que essa mudança de lado seja feita;

b) Com a mão livre, a pessoa segura o braço do guia posicionando-se a um passo e atrás dele;

c) Em seguida, solta a mão e rastreia as costas do guia até encontrar o braço do outro lado;

d) Faz a troca de lado, retornando à posição básica.


3. Passagens estreitas

      Essa posição possibilita a passagem por lugares onde haja pouco espaço para os dois passarem com segurança ou também onde haja grande fluxo de pessoas.

a) Neste caso, normalmente é o guia quem dá a pista verbal ou cinestésica (com o corpo) avisando sobre a passagem estreita, embora o deficiente visual também possa perceber a necessidade de tomar a posição de passagem estreita antes mesmo do guia avisá-lo;

b) O guia coloca o braço onde o deficiente visual o segura para trás;

c) O deficiente visual estende seu braço e se coloca atrás do guia, formando uma coluna ou fila;

d) Ao final da passagem estreita, ambos voltam à posição básica;

e) Dependendo da situação, o deficiente visual deve ficar ao lado do guia formando fileira e andar de lado.


4. Subir e descer escadas

a) A posição adequada para subir e descer escadas, é a básica. Nessa posição, o deficiente visual sempre estará um passo atrás do guia. Isso facilitará a interpretação das pistas cinestésicas quando se sobe ou desce os degraus.

b) Ao iniciar a subida ou descida da escada, uma breve pausa em frente ao primeiro degrau, será suficiente para o seu acompanhante deslizar o pé e encontrar o degrau e se posicionar;

c) Uma breve pausa do guia também deve funcionar como uma pista no final das subidas e descidas dos lances de degraus que ficam ao final das escadas ou nos patamares;

d) Quando a escada tiver corrimão, o deficiente visual deve ter preferência no uso do mesmo.


5. Conduzindo a um assento

a) O guia conduz seu acompanhante até ficar bem próximo do assento, expondo verbalmente as características e posição do mesmo;

b) O acompanhante solta o braço do guia, tão logo faça o contato com o assento. Esse contato pode ser feito com a perna ou como o guia conduzindo a mão do deficiente visual até as costas da cadeira ou braço do mesmo;

c) Uma vez feito esse contato, o deficiente visual, deve fazer uma breve pesquisa do lugar evitando desagradáveis surpresas como uma assento molhado, por exemplo. Essa pesquisa deve ser feita sempre com as costas das mãos;

d) Para levantar-se, a pista pode ser cinestésica ou tátil.


6. Assentos perfilados

      Esses assentos são encontrados geralmente em auditórios, cinemas, teatros, etc.

a) O guia para na fileira apropriada e dá uma indicação verbal para o deficiente visual;

b) O deficiente visual se alinha (em fileira) ao lado do guia e iniciam assim a entrada entre os assentos, andando de lado. O guia deve entrar na frente;

c) O deficiente visual deve usar a mão livre para rastrear o encosto das cadeiras da frente;

d) Ao chegar aos assentos desejados, o guia dá uma pista verbal. O deficiente visual usa a parte de trás de suas pernas para fazer o contato com o assento. Lembrando-se de sempre fazer um rastreamento com as costas das mãos, antes de se sentar;

e) Para sair, usam-se os mesmos procedimentos da entrada. Lembrando que também nesse momento, o guia deve ir à frente, afinal, é ele quem está guiando.


7. Passagens por portas

a) Ao aproximar-se de uma porta, o guia dá uma pista verbal ou cinestésica e o deficiente visual assume a posição de passagem estreita;

b) O guia empurra ou puxa a porta e o deficiente visual eleva o braço livre com a palma da mão para frente;

c) O deficiente visual toca a porta e localiza o trinco;

d) Guia e deficiente visual passam pela porta em posição de passagem estreita. O guia faz uma breve pausa e o deficiente visual fecha a porta;

e) Após a passagem, ambos retomam a posição básica.


8. Dica para o deficiente visual: Aceitando ou recusando ajuda

a) Ao sentir alguém segurar o seu braço com a intenção de conduzí-lo, a pessoa com deficiência visual deve relaxar o braço, levantando-o em direção ao ombro oposto e manter a sua posição sem andar;

b) Com a mão livre deve segurar o pulso do suposto guia enquanto verbaliza suas intenções;

c) Faz o desvencilhamento. Se for necessitar de ajuda, a pessoa segura o braço do guia com a mão livre e assume a posição básica para acompanhá-lo. Caso contrário, deve dispensar a ajuda tão logo se desvencilhie.

      Uma ou outra dica das que estão neste artigo, não é usada da forma que aqui se apresentam, pois no dia a dia, elas não surtem um efeito prático, mas de modo geral, todas elas são muito úteis e simplificam muito as nossas vidas.

FONTE: http://www.movimentolivre.org/

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

DOENÇAS MALUCAS QUE ACOMETEM O SER HUMANO


Uma pesquisa do jornal australiano Sydney Morning Herald relacionou algumas das síndromes mais estranhas que atingem o ser humano. Podem parecer doideiras, mas para cada uma dessas doenças existe um batalhão de médicos tentando descobrir a causa. E principalmente a cura. 


SÍNDROME DO SOTAQUE ESTRANGEIRO
      Após sofrer uma pancada ou qualquer outro tipo de lesão no cérebro, as vítimas desse distúrbio passam a falar com sotaque francês... ou italiano... ou espanhol. A língua varia, mas, na maioria dos casos, as vítimas desconhecem o novo idioma. Segundo cientistas, a pronúncia não é efetivamente estrangeira, só dá a impressão disso. Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças na entonação, na pronúncia e em outras características da fala. Um caso bem recente da síndrome do sotaque rolou com a britânica Lynda Walker, no mês passado. Após um infarto, Lynda acordou falando com sotaque jamaicano.

SÍNDROME DE CAPGRAS
      Após sofrer uma desilusão com o cônjuge, com os pais ou com qualquer outro parente, a pessoa passa a acreditar que eles foram seqüestrados e substituídos por impostores. O sintoma por vezes se volta contra a própria vítima: ao se olhar no espelho, ela também acredita que está vendo a imagem de um farsante. Neurose total! O problema tende a atingir mais pessoas a partir dos 40 anos e suas causas ainda não são conhecidas. A síndrome foi descoberta pelo psiquiatra francês Jean Marie Joseph Capgras, que a descreveu pela primeira vez em 1923. Em graus mais extremos, a vítima acha que até objetos inanimados, como cadeiras, mesas e livros, foram substituídos por réplicas exatas.

SÍNDROME DA MÃO ESTRANHA
      "Minha mão agiu por conta própria..." Essa desculpa usada por alguns cafajestes pode ser verdadeira. A síndrome em questão alien hand syndrome, em inglês faz com que uma das mãos da vítima pareça ganhar vida própria. O problema atinge principalmente pessoas com lesões no cérebro ou que passaram por cirurgias na região. O duro é que o doente não presta atenção na mão boba, até que ela faça alguma besteira. A mão doida é capaz de ações complexas, como abrir zíperes... Os efeitos da falta de controle sobre a mão podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa qualquer, tarefa qualquer, como segurar um objeto.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

VOCÊ SABE QUEM FOI ESSE BEBÊ?




 
1. Com quinze anos ele escrevia poesias e o seu sonho era ser pintor. Porém, suas pinturas eram consideradas medíocres...




2. O seu primeiro amor era uma moça judia e que se chamava Stefanie (ou Stephanie) Isak. Como ela não correspondia ao seu amor, ele planejou sequestrá-la... Mas, só planejou...




3. Acabou tornando-se um dos homens mais poderosos do século XX.




4. Cometeu suicídio com arma de fogo.




5. Foi  o responsável pelo extermínio de milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.







O bebê em questão cresceu e tornou-se Adolf Hitler.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A CRIANÇA CEGA - PARTE 3

 

Informe-se a respeito das escolas inclusivas.

      Inscreva o seu filho cego num jardim de infância. Se a criança estiver preparada para isso, necessita dessa experiência mais ainda do que as crianças que vêem. Isto é verdade, porque muitas crianças cegas não tiveram as oportunidades suficientes e necessitam, por isso, de tudo o que lhes possa ser dado que facilite o seu desenvolvimento global.
      Informe-se sobre as várias possibilidades que a comunidade lhe pode oferecer relativamente à a futura educação escolar de seu filho. Procure aquilo que houver de melhor para as crianças que vêem e não se satisfaça com algo que não ofereça as condições necessárias. É preciso um certo trabalho de planejamento com as entidades escolares locais antes que o seu filho entre na escola. Informe-se dos apoios locais em matéria de Ensino inclusivo e especial.

Os amigos são importantes.

      A criança cega deve começar cedo a brincar com crianças normo-visuais. As crianças aprendem muito umas com as outras, e desde muito cedo as crianças compreendem o que é que os seus companheiros de brincadeira esperam deles a nível de comportamento. É a fase das trocas, há regras que têm de ser seguidas e os brinquedos têm que ser partilhados. Tudo isso contribui para o seu desenvolvimento.
      Normalmente as crianças que vêem encaram a cegueira duma forma muito mais natural do que a maior parte dos adultos. Quando os amigos do seu filho lhe fizerem perguntas sobre a cegueira, responda-lhe duma forma simples e franca, porque eles estão realmente interessados em saber. Mas essa curiosidade é a mesma que revelam quando perguntam porque é que uma pessoa é ruiva ou porque é que algumas pessoas usam roupas diferentes das deles.
      No inicio pode ser necessário um certo esforço para que as crianças comecem a brincar juntas. Mas vale a pena, pois assim em breve o seu filho começará a enfrentar situações reais. Todas as ocasiões em que ele possa encontrar e brincar com outras crianças, representam novas experiências e benefícios para o seu filho.

Superproteção.

      Em famílias em que há mais crianças, os pais podem ter a tendência para superproteger ou beneficiar a criança com deficiência. Deixe-a colaborar em todas as tarefas em que isso seja possível, distribua-lhe trabalhos fixos tal como faz com os seus irmãos ou irmãs. Ele gostará de ser tratado como as outras crianças, e ficará triste se ficar de fora em qualquer situação. A criança cega sentir-se-á muito mais feliz se sentir que faz algo de útil para a família em vez de estar sempre na situação de receber. Quando ela e a família colaboram, isso contribui para que a criança se sinta útil e importante.

Quem sabe sobre a cegueira?

      O sentimento de infelicidade que ligamos à cegueira não é efetivamente provocada por ela, mas sim pela forma como a família, a comunidade e as pessoas em geral atuam para com um cego.
      Poucos pais conseguem manter-se calmos quando, na rua, uma pessoa totalmente estranha os aborda e manifesta pena relativamente à cegueira do seu filho. Essa pessoa poderá mesmo querer dar à criança dinheiro ou guloseimas. Este tipo de atitude das pessoas que vêem em relação aos cegos é devido, pura e simplesmente, à ignorância. As pessoas, em geral, sabem muito pouco sobre a cegueira, e muitas vezes o que julgam saber não corresponde à realidade. Uma mãe dizia: "Foi necessário muito tempo até eu conseguir controlar-me e não ficar irritada. Mas agora já consigo com toda a sinceridade virar-me para o meu filho e dizer-lhe: Eles não querem te magoar. Só fazem estas coisas porque não sabem."

Procure obter ajuda.

      Logo que saiba que o seu filho é cego, comece imediatamente a tentar procurar todo o auxílio possível para que ele cresça e se desenvolva duma forma, tão semelhante quanto possível, à de qualquer outra criança. Dirija-se aos Serviços sociais e de educação da sua região, onde consiga obter todas as informações possíveis, especialmente a respeito de estimulação precoce.
      Lembre-se de que a primeira e última lição de que os pais de uma criança cega necessitam é:
  • Acredite no seu filho e convença-se de que ele pode tersucesso na vida.
  • Dê-lhe amor, afeição e promova a sua saúde.
  • Dê-lhe possibilidades para aprender e para ter todas as experiências que contribuem para o seu desenvolvimento global.
      Se fizer isto, o seu filho estará no caminho da autonomia, independência e das tomadas de decisões necessárias para viver bem e de uma vida tão interessante, feliz e útil como a de qualquer outra pessoa.



* Traduzido de: "The preschool child who is blind".
U.S. Department of Health, Education and Welfare..
Tradução: DGEBS - Divisão do Ensino Especial - PT.


FONTE: http://www.bengalalegal.com/

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

OBAMA CONTRATA ASSESSORA COM SÍNDROME DE DOWN


      O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terá como assessora para assuntos relacionados a deficiências intelectuais, a atriz Lauren Potter, que tem síndrome de Down.
      A atriz, que interpreta a animadora de torcida Becky, na série norte americana Glee, foi contratada para trabalhar no Comitê Presidencial para as Pessoas com Deficiência Intelectual.
      O convite aconteceu devido ao engajamento de Lauren Potter na luta pelos direitos das pessoas com deficiência e em campanhas contra o bullying.
      Potter declarou à TV americana CNN: “É importante para mim que as pessoas com deficiência intelectual sejam representadas e tratadas de forma justa e tenham as mesmas oportunidades que todos os outros americanos”.
      “Nossos desafios são os mesmos como muitos outros, queremos uma escola segura – livre de intimidação e provocação – e que sejamos bem-vindos em parques, centros de recreação e outras atividades comunitárias. Queremos trabalho e moradia, mas principalmente queremos ser tratados como vocês querem ser tratados – com respeito”.
      Potter irá juntar-se a 33  funcionários do governo e trabalhará para uma mudança positiva. Obama está feliz por ter a atriz trabalhando em sua equipe. Ele afirma: “Estou grato que essas pessoas talentosas e dedicadas assumam papéis importantes e dediquem seus talentos para servir o povo americano. Estou ansioso para trabalhar com eles nos próximos meses e anos.”.

Referências: http://www.starpulse.com; Revista Incluir

BANDIDOS USARAM CADEIRA DE RODAS PARA ENTRAR NO BANCO

     
      Os assaltantes que mantiveram 35 reféns por quatro horas em uma agência do banco Bradesco, em Porto Alegre, na quinta-feira (9) usaram uma cadeira de rodas para ter acesso ao local sem passar pelo detector de metais. Segundo o comandante do policiamento de Porto Alegre, coronel Atamar Cabreira, um dos assaltantes se fez passar por cadeirante. As armas foram escondidas na cadeira.
      “Eles entraram por um acesso lateral. O banco tem acessos separados para cadeirantes. Foi assim que eles levaram todo o armamento usado no assalto”, disse ao G1 o coronel da Brigada Militar.
      A informação foi repassada por um dos vigilantes da agência, que foi rendido assim que abriu a porta para os assaltantes. “Dois deles usavam pistolas, e o outro portava um revólver”, acrescentou o oficial.
      O assalto começou por volta das 16h15 e foi encerrado às 20h20, com a liberação de todos os reféns e a rendição dos ladrões. Os reféns começaram a ser liberados por volta das 18h30. A polícia prendeu dois assaltantes que deixaram o local em meio aos reféns, já que havia identificado os criminosos durante as negociações. O terceiro suspeito foi o último a deixar o banco. As armas foram deixadas no local do crime.
      A ação envolveu cerca de cem homens da Polícia Civil e da Brigada Militar. A primeira viatura chegou à agência minutos depois do início do assalto, atendendo a um chamado pelo telefone 190. As negociações foram conduzidas pelo Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate).

FOTO: Jean Schwarz / Agência RBS

domingo, 12 de fevereiro de 2012

INCLUSÃO É O PRIVILÉGIO DE CONVIVER COM AS DIFERENÇAS


por Meire Cavalcante

      Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de ideia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas", conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. "Na hora percebi a mancada.


Como aquele menino dançaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. "E ele, então, dançou para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa na escola.

 
O que é inclusão?

      É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento intelectual, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
 
 

Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?

      A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.


 
O que faz uma escola ser inclusiva?

      Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.


 
Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência?

      Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência.
      Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.


 
Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais?

      É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.
 








sábado, 11 de fevereiro de 2012

CONCURSO WORLD PRESS PHOTO DIVULGA GANHADORES

     

      O retrato de uma mulher com véu carregando um parente machucado em seus braços, tirada no Iêmen pelo fotógrafo espanhol Samuel Aranda para o 'The New York Times', ganhou o prêmio de melhor fotografia do ano do concurso World Press Photo. Para os jurados, a imagem representa a Primavera Árabe.



      Foto de Vincent Boisot, da França, para a revista do Le Figaro ganhou o segundo prêmio na categoria 'Artes e Entretenimento'. Na imagem, modelo posa na frente da oficina de um alfaiate, no centro de Dakar, no Senegal.

  

      Imagem tirada por Rob Hornstra, da Holanda, ganhou o primeiro lugar na categoria 'Artes e Entretenimento: Histórias', e mostra Marika Bajur cantando em um restaurante na cidade russa de Sochi, que fica junto ao Mar Negro. Faz parte da série 'O Projeto Sochi: Cantores de Sochi'.


      Brent Stirton, da África do Sul, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Questões Contemporâneas' com esta imagem de Maria, uma viciada em drogas e profissional do sexo em Kryvyi Rig, na Ucrânia. O fotógrafo trabalha para a agência Getty Images.


     
     Stephanie Sinclair, dos Estados Unidos, fotógrafo da VII Photo Agency para a National Geographic, ganhou o prêmio na categoria 'Questões Contemporâneas: Histórias' com foto que mostra Tahani (em rosa) e Ghada, ambas noivas infantis em Hajjah Hajjah, no Iêmen.


      Damir Sagolj, fotógrafo da Reuters, da Bósnia e Herzegovina, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Vida Cotidiana', com imagem do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, em um prédio de Pyongyang.



      Alejandro Kirchuk, da Argentina, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Vida Cotidiana: Histórias', com a série 'Never Let You Go'. Foto retrata casal Marcos e Monica, que são casados há 65 anos. Eles moram em um apartamento em Buenos Aires, Argentina, e Monica tem Alzheimer. Desde a descoberta da doença, o marido dedica todo seu tempo para cuidar da mulher.




      O fotógrafo Alex Majoli, da Itália, que trabalha para a revista Newsweek, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Notícias Gerais' com a imagem de comoção de manifestantes ao ouvir o discurso do então presidente egípcio Hosni Mubarak, no Cairo, capital do Egito.



      Paolo Pellegrin da Itália, fotógrafo da Magnum Photos que trabalha para a Zeit Magazin, ganhou o segundo prêmio na categoria 'Notícias Gerais: Histórias' com a cobertura do terremoto e decorrente tsunami que atingiram a costa nordeste do Japão em março de 2011.


      Jenny E. Ross, dos Estados Unidos, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Natureza' com foto de urso polar macho escalando um penhasco acima do mar, em Ostrova Oranskie, na Rússia, para caçar.

     
      Brent Stirton, da África do Sul, fotógrafo da Getty Images que presta serviços para a National Geographic, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Natureza: Histórias' com a série 'Rhino Wars'. A imagem mostra um rinoceronte sobrevivente de caçadores que arrancaram seu chifre em uma reserva em Colenso, na África do Sul.


      Uma foto da prisão de manifestantes durante uma manifestação contra a polícia e a desigualdade de renda no Harlem, em Nova York, nos Estados Unidos, rendeu a Tomasz Lazar, da Polônia, o segundo lugar na categoria 'Pessoas e Notícias'.


      A tragédia natural do Japão em 2011, com um terremoto e um tsunami fotíssimos, rendeu o primeiro prêmio na categoria 'Pessoas e Notícias: Histórias' para Yasuyoshi Chiba, do Japão. O fotógrafo, que trabalhava para a AFP, fotografou Chieko Matsukawa ao mostrar o diploma de formatura de sua filha encontrado nos escombros.


      Imagem da atriz dinamarquesa Mellica Mehraban, nascida no Irã, rendeu a Laerke Posselt, da Dinamarca, o primeiro prêmio na categoria 'Retratos'.


 

      Ton Koene, da Holanda, ganhou o segundo prêmio na categoria 'Retratos: Histórias', com foto de policial em centro de treinamento da polícia alemã em Kunduz, Afeganistão. A maioria dos soldados é analfabeta e procura entrar para a polícia por questões econômicas.


 


      Yuri Kozyrev, da Rússia, ganhou o primeiro prêmio na categoria 'Spot News Singles' com imagem de rebeldes em Ras Lanuf, na Líbia, antes da queda do ditador Muammar Khadafi. Ele é fotógrafo da agência Noor Images e presta serviços para a revista Time.



      O atentado cometido por Anders Behring Breivik, que causou a morte de 69 pessoas na pequena ilha de Utoya, nos arredores de Oslo, virou tema da série 'Utoya' de Niclas Hammerstrom, da Suécia. O fotógrafo, que trabalha para o jornal Aftonbladet, ganhou o segundo prêmio na categoria 'Spot News Stories'.

 

      O segundo prêmio na categoria 'Esportes' será entregue a Ray McManus, da Irlanda, que fez a imagem de um jogo de rúgbi entre Old Belvedere e Blackrock, em Dublin. Ele trabalha para a agência Sportsfile.



 

      A foto de Adam Pretty (Getty Images), da Austrália, que mostra o treinamento de atletas de saltos ornamentais durante o 14º Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai, na China,levou o segundo prêmio na categoria 'Esportes: Histórias'.