sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DEZ CURIOSIDADES SOBRE AS PARALIMPÍADAS - PARTE 5


9- Idade

      Alguns dos melhores atletas paralímpicos não se encaixam no perfil de idade mais comum entre atletas olímpicos.
      Um exemplo é o campeão de tênis em cadeira de rodas britânico, Peter Norfolk, tem 51 nos. Ele conquistou a medalha de ouro em Atenas e Pequim, está em terceiro no ranking mundial da categoria e vai levar a bandeira na cerimônia de abertura.
      Alguns atletas ultrapassam os 70 anos.
      Uma das razões é que os atletas podem ter chegado ao máximo do desempenho no esporte escolhido mais tarde do que atletas que não tem nenhuma deficiência como resultado de ter escolhido o esporte como parte de um programa de reabilitação, depois de sofrerem algum acidente que gerou a deficiência.
      Mas, pode ser mais complicado. O grupo de atletas comdeficiência é menor do que o grupo dos atletas olímpicos devido à falta de oportunidade. Seja pela falta de acesso físico a instalações esportivas ou à falta de percepção de professores de educação física ou daqueles que apoiam pessoas com deficiência em geral, que não notam que pessoas com deficiência podem ser extremamente capazes de excelência nos esportes.

10- Doping

      Os atletas paralímpicos são submetidos à mesma lista de substância proibidas dos atletas olímpicos. Um atleta que precise tomar remédios para dor ou para algum tipo de tratamento precisa entrar com um pedido de isenção.
      Cada pedido vai ser analisado individualmente por um comitê médico, como é feito entre atletas olímpicos.
      E a isenção é dada apenas com uma dosagem definida do medicamento e durante um período específico. Os atletas que tomam os medicamentos precisam provar que não existe alternativa. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

FONTE: Deficiente Ciente

DEZ CURIOSIDADES SOBRE AS PARALIMPÍADAS - PARTE 4


7- ‘Tapper’

      Um dos elementos mais importantes nas competições de natação com atletas cegos é o “tapper”, um assistente do nadador. Um deles é posicionado em cada ponta da piscina com um bastão longo equipado com uma bola de espuma ou material macio na ponta.
      Estes bastões tocam a cabeça do nadador para avisar quando eles se aproximam do fim da piscina, para evitar que eles batam na parede.
      “Tocamos o nadador quando eles estão entre dois ou quatro metros do fim da piscina”, disse à BBC Marcelo Sugimori, um dos dois tappers da equipe Paralímpica do Brasil.
      Sugimori era o tapper de sua irmã, Fabiana, medalha de ouro nos 50 metros freestile em Atenas, em 2004. Agora ele trabalha com outros dois nadadores cegos e parcialmente cegos.
      “É preciso muito treinamento e muita confiança”, acrescentou.

8- Guias e corredores

      Corredores cegos ou parcialmente cegos podem competir com um guia. Geralmente eles correm junto com os atletas, em alguns casos atados por um cordão ao atleta e funcionam como os olhos do corredor.
      O guia fala com o atleta durante a corrida explicando onde eles estão, alertando sobre curvas e orientando se o atleta deve acelerar ou não. Cada um, atleta e guia, tem uma faixa exclusiva para correr.
      Em algumas categorias, como T12, de atletas com alguma visão, os corredores podem escolher se querem ou não o guia.
      A maioria das corredoras tem guias masculinos, já que um guia precisa ter a habilidade de correr mais rápido que a atleta.
      A regra de ouro é que o guia não pode cruzar a linha de chegada antes do atleta, pois o atleta poderá ser desclassificado.
      No entanto, não são apenas corredores que usam os guias. Salto triplo e salto em distância também usam guias, mas estes não correm. Eles apenas gritam os comandos para direcionar os atletas no salto.

FONTE: Deficiente Ciente

DEZ CURIOSIDADES SOBRE AS PARALIMPÍADAS - PARTE 3


4- Mesmos esportes, porém diferentes

      Existem esportes que apenas portadores de deficiência participam, mas a maioria dos eventos Paralímpicos podem ser reconhecidos por quem acompanha os Jogos Olímpicos.
      Natação, ciclismo e atletismo ocorrem de uma forma parecida com os Jogos Olímpicos, porém divididos em várias modalidades diferentes (atletas com próteses, cadeiras de rodas ou guias humanos, por exemplo).
      O futebol para cegos é outro exemplo e tem várias diferenças: a bola tem um guizo para que os atletas sigam o som, dois times de cinco jogadores cada disputam o jogo em uma quadra.
      A área de jogo é menor e cercada, para evitar que a bola saia de campo e também para refletir os sons da bola e dos passos, o que ajuda na orientação dos jogadores.
      O goleiro não é cego mas não tem permissão para sair de sua área. Um “guia”, que também não é cego, fica atrás do gol direcionando os jogadores.
      Os jogadores usam comunicação sonora com termos específicos com gritos como “voy”, palavra em espanhol que significa “vou”, que funciona como um aviso que um jogador vai para cima de outro. E, para que tudo funcione, a torcida tem que ficar em silêncio.

5- Esportes exclusivamente Paralímpicos

      Um dos esportes exclusivos dos Jogos Paralímpicos é o goalball, jogado por dois times com três jogadores cegos ou com deficiências visuais de cada lado. A quadra é retangular e tem marcações táteis.
      O objetivo é atirar uma bola pesada, que tem guizos para orientação dos atletas, na rede do time adversário, enquanto a defesa tenta bloquear o avanço do time adversário com o próprio corpo.
      Outro esporte exclusivo é a bocha, praticado de forma competitiva em mais de 50 países. Disputada em uma quadra fechada, pode ser jogada individualmente, em pares ou equipes.
      Os atletas rolam, atiram ou chutam as bolas para fazer com que elas cheguem perto do alvo.
      Este jogo foi introduzido originalmente para pessoas com paralisia cerebral. Mas, com o passar dos anos, também incluiu jogadores com outros tipos de problemas motores.

6- Acessibilidade

      Foram necessários cinco dias para transformar a Vila Olímpica de Londres em uma Vila Paralímpica.
      A capacidade de receber cadeiras de rodas nos locais de jogos foi aumentada com a remoção ou transferência de cadeiras. Torcedores cegos vão receber guias em áudio e os que tiverem problemas de audição ficarão sentados em locais com uma visão direta de telões.
      Chris Holmes, diretor de integração paralímpica, afirmou que tudo já tinha sido planejado na Vila Olímpica para receber os Jogos Paralímpicos, com banheiros acessíveis, sinalização e pisos adaptados.

FONTE: Deficiente Ciente

PAI FAZ UM DESENHO POR DIA PARA AJUDAR TRATAMENTO DO FILHO



      Diego Lins, 28 anos, diretor de arte de uma agência em João Pessoa, na Paraíba, colocou sua criatividade a serviço da cura do filho. Gabriel, 3 anos, tem hipermetropia. Como não respondeu ao tratamento apenas com óculos, o oftalmologista receitou o uso de tampões no olho direito, por 45 dias, cinco horas por dia. 
      Ao saber do diagnóstico, o menino se revoltou. "Ele foi logo tirando os óculos e dizendo para o médico 'não precisa, já estou enxergando tudo'", conta o pai, que também apresenta o programa "Arquibancada e Sol" em uma TV local de João Pessoa.
      Gabriel se recusava a ir à escola de tampão. Sabendo disso, o pai, conversando com um colega de trabalho, lembrou-se do agente Nick Fury, herói dos quadrinhos. Um dos mais importantes personagens do universo Marvel, Nick usa um tapa-olho. Diego imprimiu várias imagens do agente e mostrou-as para o filho. Depois, assistiu ao filme "Os Vingadores", em que Nick é uma das figuras centrais.
      Com isso, venceu a primeira resistência. Mas Gabriel ainda relutava, achando que ia doer. "Minha esposa explicou que não doía nada, enquanto eu desenhava uma caveira no tampão". Assim, Gabriel finalmente aceitou o tratamento. "Ele chegou na escola dizendo que era o líder dos Vingadores", diverte-se Diego.
      Agora, todos os dias Gabriel pede um desenho novo. "Já fiz um olho especial, enorme; um olho de tigre e um de zumbi", diz Diego. "Ele mesmo vem com as ideias depois da escola", completa o pai, disposto a fazer os 41 desenhos que faltam até o fim do tratamento.

DEZ CURIOSIDADES SOBRE AS PARALIMPÍADAS - PARTE 2


2- COI e CPI, entidades diferentes

      O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) são entidades diferentes.
      Os primeiros Jogos Paralímpicos Internacionais ocorreram em Roma, uma semana depois dos Jogos Olímpicos de 1960, que ocorreram na capital italiana.
      Mas em 1968, a Cidade do México, sede dos jogos daquele ano, se recusou a ser a sede dos Jogos Paralímpicos e eles foram realizados em Tel Aviv. A partir daquele ano, os Jogos Paralímpicos ocorreriam em cidades diferentes dos Jogos Olímpicos.
      Nos jogos de 1988, a cidade de Seul assumiu a realização também dos Paralímpicos e, desde então, os dois jogos ocorrem na mesma cidade. Em 2001 este arranjo foi oficializado e as cidades que querem sediar os jogos precisam se candidatar para os dois.

3- Classificações

      Nos Jogos Paralímpicos um corredor cego não vai competir contra alguém que tenha paralisia cerebral. Mas, uma pessoa com paralisia cerebral poderá competir com alguém que tenha problemas de crescimento.
      Os atletas precisam passar por testes de função e movimento com um profissional de medicina esportiva para receberem a classificação para jogar.
      Natação, por exemplo, tem 14 classes. As variações classificadas como S1 a S10 cobrem problemas físicos, com o nível 10 sendo o que tem menos problemas e estas variações vão desde pessoas amputadas e que sofreram trauma na coluna indo até pessoas com nanismo.
      As variações entre S11 e S13 se referem a atletas com problemas visuais e S14 para os que possuem deficiências intelectuais.
      E as categorias se dividem ainda mais quando se levam em conta estilos de natação, como nado costas ou borboleta.
      Um dos efeitos destas divisões e subdivisões é que na natação dos Jogos Paralímpicos serão distribuídas um total de 148 medalhas de ouro. Muito mais comparadascom as 34 dos Jogos Olímpicos.


FONTE: Deficiente Ciente

BEBÊS PODEM AJUDAR PESQUISADORES A ENTENDER O AUTISMO


      Com apenas cinco meses de vida, o britânico Ricky Kimber está participando de um experimento que pode ajudar a compreender o desenvolvimento do autismo. Os resultados obtidos a partir dos sensores colocados na criança devem dizer aos cientistas como os bebês aprendem ao ver outras pessoas fazendo coisas. O objetivo é que o estudo, realizado na Durham University, proporcione um melhor entendimento de como as crianças aprendem desde muito cedo, além de auxiliar no diagnóstico precoce do autismo. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
      Na segunda-feira, Rachel Mitchell e Doug Kimber levaram o filho, Ricky, para participar da pesquisa. “O laboratório é totalmente amigável para crianças, não é como pensamos tradicionalmente, cheio de tubos e fios”, conta a mãe. “Ficamos muito felizes com a participação do Ricky. Idealmente, nos gostaríamos que os pais de bebês com idade entre duas e três semanas, que tiveram parto natural, nos procurassem”, afirmou a pesquisadora Katharina Kaduk, ressaltando que eles começariam a participar quando estivessem com 10 semanas.
      A universidade espera recrutar pelo menos 40 bebês para os testes. As crianças – que ficam com os pais o tempo todo – devem ‘andar’ em uma banheira usando seu “reflexo de caminhar”. Elas, então, assistem a imagens de computador de pessoas caminhando, enquanto sua atividade cerebral é monitorada, para mostrar como o cérebro reage ao ver alguém andando.
      Os resultados serão comparados aos de bebês que não têm nenhuma experiência em caminhar, para verificar se isso faz alguma diferença de como crianças aprendem sobre outras pessoas. Os testes são inofensivos, indolores e não invasivos, e nenhuma das crianças vai ser clinicamente testada para autismo. “Nós simplesmente registramos o que o bebê está fazendo e o que acontece no seu cérebro”, descreve o psicólogo Vincent Reid, da Durham University, que está liderando o estudo.
      Reid espera que os resultados possam ajudar a detectar o autismo em crianças ainda muito jovens. “Enquanto não há cura para o autismo, a intervenção pode minimizar a condição. Atualmente, o autismo não é detectado até que as crianças tenham em torno de três anos de idade. Essa pesquisa deve ajudar a compreender como seria possível detectar a doença mais cedo”, explica.
      “Como os bebês aprendem melhor é algo que interessa a pais e educadores, e pode prover uma compreensão melhor sobre como o cérebro reage à informação social, algo que é fundamental na detecção precoce do autismo”, afirma.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

DEZ CURIOSIDADES SOBRE AS PARALIMPÍADAS


      Até sua última edição, em 2008, as Paralimpíadas, jogos esportivos envolvendo pessoas com algum tipo de deficiência, eram chamadas no Brasil de Paraolimpíadas. No entanto, em novembro do ano passado, durante o lançamento da logomarca dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio, o nome dos jogos perdeu a letra “o” e passou a ser chamado de Paralimpíadas a pedido do Comitê Paralímpico Internacional.
      A intenção foi igualar o nome ao uso de todos os outros países de língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, onde já se usava o termo Paralimpíadas. Além disso, a palavra “olimpíadas” é referente à outra organização esportiva, o Comitê Olímpico Internacional.
      A palavra vem do inglês “paralympic”, que mistura o início do termo “paraplegic” e com o final de “olympics” para designar o atleta paralímpico. (Fonte: G1)
     Os Jogos Olímpicos de Londres atraíram a atenção internacional e foram considerados um sucesso. Com isso, a partir do dia 29/08, com o início dos Jogos Paralímpicos, a expectativa volta a aumentar.
      A BBC Brasil preparou um guia com dez curiosidades e as principais diferenças entre os dois eventos.

1- Anéis olímpicos
      Apesar de soar parecido, e a palavra Paralímpico terminar em “olímpico”, estes jogos não são Olímpicos e os clássicos anéis olímpicos não são o símbolo destes jogos.
      No lugar, há o Agitos, três arcos em vermelho, verde e azul que representam o lema Paralímpico, “espírito em movimento”

FONTE: Deficiente Ciente

DANIEL DIAS CONQUISTA PRIMEIRO OURO NAS PARALIMPÍADAS DE LONDRES


      O nadador Daniel Dias assegurou nesta quinta-feira à noite a primeira medalha de ouro do Brasul nas Paralimpíadas de Londres. O atleta campineiro venceu os 50 m livre S5 com direito à quebra do recorde mundial com o tempo de 32s05. O nadador de 24 anos ficou à frente do espanhol Sebastián García (33s44) e do americano Roy Perkin (33s69), medalhistas de prata e bronze, respectivamente. Passada a conquista do primeiro ouro do Brasil em Londres, Daniel tem grandes chances de aumentar o número nas outras sete provas que disputará no evento.
      O país obteve outra medalha no Centro Aquático, com o nadador André Brasil, que levou a prata nos 200 metros medley SM10, com um tempo de 2min12s36. Ele começou bem na tentativa de superar seu desempenho nos Jogos de Pequim, em que conquistou cinco medalhas, quatro de ouro e uma de prata, justamente nos 200 medley.
      Em sua prova, André foi superado apenas pelo canadense Benoit Huot, que com um tempo de 2min10s01 bateu o recorde mundial na distância.

CINEMA E DEFICIÊNCIA - POLLYANNA (1960)


      Pedi ao Joaquim Gonzalez Fortes (grande conhecedor de cinema) que fizesse uma lista de filmes cuja temática é a deficiência ou que possua algum personagem com deficiência. O resultado vou começar a postar agora no blog. São filmes de diferentes épocas, diferentes países e diferentes categorias. Valeu, Joaquim!
      Pollyanna Whittier é uma jovem órfã que vai viver em Beldingsville, Vermont, com sua única tia viva, tia Paulina. A filosofia de vida de Pollyanna é centrada no que ela chama "o Jogo do Contente", uma atitude otimista que aprendeu com o pai. Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos. Isso se originou com um incidente num Natal, quando Pollyanna, que estava achando que ia ganhar uma linda boneca, acabou recebendo um par de muletas. Imediatamente, o pai de Pollyanna aplicou o jogo, dizendo a ela para ver somente o lado bom dos acontecimentos — nesse caso, ficar contente porque "nós não precisamos delas!".
      Entretanto, até mesmo o extremamente forte otimismo de Pollyanna é posto à prova, quando ela sofre um acidente de carro e perde o movimento das pernas. A princípio ela não se inteira totalmente da situação, mas seu estado de espírito decai e muito quando, acidentalmente, ouve um especialista dizer que nunca mais voltará a andar. Depois disso, ela se prostra no leito, incapaz de achar qualquer coisa que a faça ficar contente. Então as pessoas das redondezas começam a visitar a casa de tia Polly, desejosos de fazer Pollyanna saber o quanto o encorajamento dela melhorou as suas vidas; e Pollyanna decide que ainda pode se sentir contente, porque não teria feito o que fez se não tivesse tido pernas.

Elenco

Hayley Milss (Pollyanna)
Jane Wyman (Tia Polly)
Richard Egan (Dr. Edmond Chilton)
Kevin Corcoran (Jimmy Bean)
Karl Maden (Reverendo Paul Ford)
Adolphe Menjou (Sr. Pendergast)
Agnes Moorehead (Sra. Snow)
Nancy Olson (Nancy Furman)
Donald Crisp (Prefeito Karl Warren)
Edward Platt (Ben Tarbell)
James Drury (George Dodds)

Ficha Técnica

Título Original: Pollyanna
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 134 minutos
Ano de Lançamento: 1960
Direção: David Swift
Roteiro: David Swift, baseado no bestseller de Eleanor H. Porter
Produção: Walt Disney Productions

FONTE: Wikipedia, http://tup-cine2012.blogspot.com.br e Lista Joaquim Gonzalez Fortes

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

BANHEIRO ADAPTADO VIRA DEPÓSITO DE LIXO NA CIDADE BAIXA



      Um dos poucos lugares para comer na Cidade Baixa (Porto Alegre-RS)  que possuía banheiro adaptado para pessoas com deficiência supreendeu-me de forma negativa.
      Uma cartaz indicando "depósito de lixo" foi colocado em cima do símbolo usado para garantir o direito das pessoas com deficiência. Realmente lamentável.
      Ao ser questionado quanto a atual inexistência do banheiro para pessoas com deficiência, um dos responsáveis pelo estabelecimento justificou:
      "-Estamos temporariamente sem o banheiro porque a cozinha está em reforma..."
      Ou seja... Enquanto durar a reforma da cozinha, cadeirantes não poderão usar o banheiro adaptado, que agora encontra-se fechado e servindo de depósito de lixo.

GÊMEAS SIAMESAS EM REALITY SHOW





      O programa de TV “Abby & Brittany”, estrelado por duas irmãs siamesas norte-americanas, estreou no dia 28/08 nos Estados Unidos, no canal TLC.
      “Conheçam Abby & Brittany, irmãs siamesas que estão se preparando para se formar na faculdade e começar a vida por conta própria”, diz o texto de divulgação do reality show. O programa também vai mostrar as irmãs em viagem pela Europa, com cenas na Itália e na Inglaterra.
      As irmãs de 22 anos, de Minnesota, compartilham a maior parte dos órgãos e parte inferior do corpo, e já apareceram em outros programas e documentários dos EUA. O canal TLC, responsável pelo programa, divulgou no início de agosto trechos do reality show no site oficial.




FONTE: G1

terça-feira, 28 de agosto de 2012

TÉCNICA INOVADORA PARA TRATAR TETRAPLEGIA EM SC

     
     Especialistas de todo o mundo consideram o procedimento como uma das mais importantes descobertas para o tratamento de pacientes com poucos movimentos.
      Mais uma neurocirurgia de referência é realizada em Tubarão, no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). O tratamento para pacientes com tetraplegia, desenvolvido pelos médicos Jayme Bertelli e Marcos Ghizoni, tem proporcionado resultados impressionantes.
      O hospital foi pioneiro no emprego da técnica, e, desde então, no Brasil, este procedimento é realizado apenas em Tubarão. Esta semana, a sexta cirurgia deste tipo foi realizada na instituição. O paciente, um homem de 40 anos, apresenta paralisia nos membros superiores e inferiores devido a um acidente automobilístico.
      Segundo os neurocirurgiões, a prioridade não é fazê-lo andar, mas sim a melhorar a movimentação dos membros superiores. É um tratamento moderno, baseado na transferência de nervos. “Funciona como se fosse um ‘gato’ na instalação elétrica. Por exemplo, ligamos o nervo que abre os dedos ao que gira a palma da mão para cima”, explica Bertelli.
      Da mesma forma com que é feita a extensão do cotovelo, a função do tríceps é reconstruída por meio da transferência de nervo, o que é importante para o paciente mover-se de uma cadeira a outra.
      Desde que começaram a empregar esta nova técnica, o tratamento cirúrgico tem sido reconhecido por especialistas de todo o mundo, inclusive pelo Centro de Recuperação de Tetraplégicos na Suécia, como uma importante descoberta.

sábado, 25 de agosto de 2012

ACOMPANHANTES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA TERÃO OS MESMOS DIREITOS


      A lei foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal na quinta-feira (23/8) depois de ser sancionada pelo governador em exercício, Tadeu Filippelli, e passa a valer em 90 dias. Ela também garante que, havendo preço promocional de entrada para pessoa com deficiência, o acompanhante pode usar esse benefício.
      Os lugares reservados para o deficiente físico e o acompanhante precisam garantir uma boa visão do palco. A lei é considerada um avanço. "Ela assegura os direitos do cidadão, mas ainda não é a resolução dos problemas", diz o subsecretário de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, César Pessoa de Melo.
       A secretaria de Justiça planeja construir um espaço cultural completamente acessível para pessoas portadoras de necessidades especiais. "Temos um projeto que abriga técnicas de linguagem como libras, audiodescrição, legendas em tempo real, além dos recursos físicos", antecipa o subsecretário.
      Os estabelecimentos que não cumprirem a norma estarão sujeitos a notificação, em primeira autuação, multa de R$ 3 mil caso a irregularidade não seja resolvida em até 15 dias, e interdição do local depois de 30 dias. As denúncias podem ser feitas junto aos órgãos de fiscalização, como Procon, Ministério Público, Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Agência de Fiscalização (Agefis).

Estatística
No censo realizado em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que mais de 45 milhões de brasileiros declaram ter algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população. No Distrito Federal, esse número é de 500 mil pessoas, ou seja, 22% dos brasilienses são portadores de deficiência.

24 DE AGOSTO - O ÚLTIMO DIA DE POMPÉIA


      Pompéia, a bela cidade dos prazeres sexuais da antiguidade, situa-se na região de Campania, província de Nápoles, Itália. Pertenceu ao Império Romano e era o local preferido para as orgias dos imperadores, sua corte  e de ricos mercadores da época.
      No dia 24 de agosto de 79 d.C. tudo parecia rotineiro, mas de repente o chão começou vibrar e cerca de uma hora antes do meio dia a temperatura do mar subiu na Baia de Nápoles. Ouviu-se um estrondo como se a terra tivesse sido atingida por um raio. O céu encheu-se de luz e, minutos depois, a calma cidade de Pompéia sentiu a fúria do Vesúvio. A cidade toda foi tomada por cinzas e lavas incandescentes que a sepultaram por mais de 1600 anos, quando foi descoberta por acaso.
      Com um trabalho delicado e municioso, os arqueólogos revelaram ao mundo  a surpreendente forma de vida de um povo que cultuava os prazeres sexuais e eróticos.
      As cartas de Plínio, o jóvem, para Tácito, o historiador da Antiguidade, descrevem em detalhes o pânico que tomou conta dos habitantes. "A nuvem que subiu do Vesúvio desce sobre a tera e o mar ocultando a ilha de Capri e o Cabo de Misenus. Minha mãe implora para que eu me salve, dizendo-me que a fuga é possível para mim  que sou jovem, mas impossível para ela  por ser idosa e estar enfraquecida por sua enfermidade, dizendo que morrerá feliz se eu me salvar. Seguro firmemente sua mão, forçando-a a me acompanhar... as cinzas estão caindo sobre nós... Volto-me e vejo logo atrás de nós uma densa nuvem  de fumaça que nos alcança e cai sobre nós como chuva. Enquanto ainda podiamos ver, gritei: vamos sair da estrada ou a multidão poderá nos pisotear.
      Nem bem saimos do caminho, a escuridão caiu e o dia se transformou em uma noite escura, como se estivessemos dentro de uma sala cujas luzes houvessem sido apagadas subtamente. Eu não podia ouvir nada além de vozes de mulheres, choros convulsivos de crianças e gritos desesperados de homens. Um chamava seu pai, outro seu filho e sua mulher. Suas vozes eram o único meio de que dispunham para se reconhecer."
      "Alguns chegaram a imaginar que era o fim do mundo e, com medo da morte, puseram-se a invocar os deuses..."
      A erupão do Vesúvio soterrou toda a cidade, seus teatros e templos romanos, suas vilas luxuosas, coleções de arte e, também, as muitas atividades sexuais das quais os habitantes participavam. Calculos arqueológicos indicam que haviam mais de 20 mil  habitantes  em Pompéia e dez % foram sepultados com a cidade. 
      Em Pompéia a vida era intensa e a busca pelos prazeres sexuais era o objetivo principal de seus habitantes e visitantes.
      Naquela época as prostitutas eram muito bem acolhidas em todas as cidades romanas e tinham livre acesso a todos os niveis da vida social e política. Tomavam parte nos divertimentos públicos do próprio imperador.
      Em seu Anais, o historiador Tacitus descreve um desses eventos. " A diversão conteceu em uma embarcação construida no lago de Marcus Agripa. Ela foi rebocada por outros  barcos, com adornos de ouro e marfim. Seus remadores eram degenerados, escolhidos pela idade e maus habitos. Tigellinus havia também trazido pássaros e animais de terras longínquas, e até mesmo produtos do oceano.  Nos cais havia bordéis com mulheres de alta classe. Neles eram vistas prostitutas nuas fazendo gestos indecorosos e em posições indecentes."
      Tacitus  conta ainda que o imperador se apaixonou e casou com uma das prostitutas. Em sua narrativa ele diz: "Nero já havia corrompido por toda a sorte de luxúria. Mas agora ele refutava quaisquer suposições de que não seria possível qualquer outra degradação para ele. Alguns dias após a demonstração pública, ele se casou formalmente  com uma das pervertidas chamada Pitágoras".
      Essa era a forma de vida da cidade que o vulcão Vesúvio sepultou e conservou sob cinzas e lavas por mais de 1600 anos.
Os registros, obras de arte e documentos tão bem preservados são de valor inestimável. Nos dão informações  precisas sobre os habitos e  formas de vida de uma época tão distante. 
      No Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles, existe uma sala com a mais fina coleção de arte erótica de todo o mundo. São cerca de 250 obras mostrando todos os atos sexuais imagináveis. É um testemunho quase vivo sobre a vida sexual dos antigos habitantes de Pompéia. 

Nicéas Romeo Zanchett

FONTE: http://pompeia.fotosblogue.com/


terça-feira, 21 de agosto de 2012

HOMEM CRUZA METADE DA ÁFRICA EM CADEIRA DE RODAS

     
      O veterinário queniano Zackary Kimotho está atravessando mais de 3.000 quilômetros na África em uma campanha para arrecadar recursos para um centro especializado em lesões na coluna.
Há oito anos, ele levou um tiro durante um assalto violento e ficou paralítico. A África Central não tem centros especializados em lesões na coluna.
      Seu objetivo é arrecadar o equivalente a mais de R$ 6 milhões para construir em Nairóbi o primeiro centro do tipo.
Até agora, ele chegou apenas à fronteira do Quênia com a Tanzânia, onde conversou com um repórter da BBC. Ele ainda tem pela frente mais de três mil quilômetros.

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

domingo, 19 de agosto de 2012

"COLEGAS" VENCE FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

       


      A premiação da 40ª edição do Festival de Gramado foi dos protagonistas de "Colegas" , dirigido por Marcelo Galvão. O filme ganhou os Kikitos de melhor longa-metragem e melhor direção de arte, mas o momento mais emocionante da noite de sábado (18) foi quando Breno Viola, Rita Pokk e Ariel Goldenberg, atores  com  Síndrome de Down, subiram ao palco para pegar um prêmio especial do júri, chorando muito.





sábado, 18 de agosto de 2012

LEI DE COTAS PARA DEFICIENTES


      Em um simples dia de inverno, mais precisamente 25 de julho de 1991, era criada a Lei Federal nº 8213, ou como conhecemos “Lei de Cotas” - que estabelece em seu artigo 93 a reserva de vagas de emprego para pessoas com deficiência (habilitadas) ou acidentadas de trabalho beneficiárias da Previdência Social (reabilitadas), ou seja, as empresas que têm 100 ou mais funcionários são obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas. Essa nova obrigação de contratação foi criada pelo fato de que as pessoas com deficiência têm o direito, sim, de fazer parte do mercado de trabalho, assim como qualquer outra pessoa. Se há a capacidade de exercer atividades que as empresas exigem, então as PcD’s devem estar incluídas profissionalmente – sem nem precisar de Lei de Cotas, pois acredito que as empresas deveriam apostar sua confiança na competência dessas PcD’s, e não apenas temer multas que podem vir a pagar.
      Apesar de opiniões contrárias geradas pela Lei, as empresas precisam cumpri-la, independentemente do que pensam, se são a favor ou contra. Esse dever estabelecido por lei, e que se não cumprido acarreta uma multa para a empresa (R$ 1.700,00 por dia a cada pessoa não contratada), gerou oportunidades para as PcD’s no mercado de trabalho. Atualmente, podemos ver cada dia mais a inserção de pessoas com deficiência, seja pelas regras impostas por uma lei, ou mesmo, pela quebra de preconceitos. Pois, felizmente, há muita gente que tem investido na real sabedoria dos profissionais com deficiência; há empresas que estão interessadas de verdade no trabalho exercido por essas pessoas, sabendo que muitas são igualmente ou mais capacitadas que diversos funcionários sem deficiência espalhados por aí. É preciso um planejamento por parte da empresa para contratar PcD’s, tanto em relação a acessibilidade do local no qual elas irão trabalhar, quanto pelo fato de demonstrar preocupação com o desenvolvimento dessas pessoas dentro da organização.
      Pesquisas do Censo Brasileiro revelaram que cerca de nove milhões de pessoas do país possuem algum tipo de deficiência. O que talvez pouca gente saiba é que nem todas as deficiências se enquadram na Lei de Cotas. Funciona da seguinte forma: todo trabalhador que possui limitação física; mental; sensorial; ou múltipla, que o incapacite para o exercício de atividades normais da vida e que, em razão dessa incapacidade, tenha dificuldade para se inserir no mercado de trabalho, pode ser considerado PcD. Contudo, se a deficiência apresentada não implicar na impossibilidade de execução normal das atividades do corpo, não poderá ser enquadrada na Lei de Cotas.
      É preciso comprovar que realmente possui deficiência, apresentando um laudo médico. Para que se cumpram as cotas de contratação de colaboradores com deficiência, a legislação especifica quem pode atestar e de que maneira as deficiências serão comprovadas. Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer a sistemática de fiscalização, a avaliação e o controle da avaliação e o controle das empresas, assim como instituir os procedimentos e formulários necessários à contratação.
Alguns destaques sobre o laudo médico (segundo o Capitulo 5 do livro “Como Vencer os Desafios da Contratação de Pessoas com deficiência”):
  • Devem estar muito bem explicados para que não haja problemas na admissão tampouco com o Ministério Público do Trabalho e/ou Ministério do Trabalho e Emprego.
  • O laudo deve ser o mais atual possível.
  • O laudo precisa fornecer, além do código da CID, detalhes sobre as limitações funcionais da pessoa na prática, ou seja, a deficiência e sua sequela. Por exemplo: se consta do laudo encurtamento no membro inferior direito, é importante especificar quantos centímetros, se utiliza prótese ou órtese, muletas, cadeira de rodas, se apresenta “dificuldade para ambular”, “dificuldade para subir escadas”, “impossibilidade de ficar em pé por longos períodos”, “distúrbios da marcha”.
ARTIGO PUBLICADO  por Laura Marcon de Azevedo, que é estudante de Jornalismo na PUCRS e responsável pelo setor de comunicação da empresa Egalitê Recursos Humanos Especiais, juntamente com a unidade de negócios da mesma, o PCD Brasil .

FONTE: http://www.deficientefisico.com

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PAI CRIA BOTA ESPECIAL PARA FILHO COM DEFICIÊNCIA JOGAR FUTEBOL

    
      O Fantástico mostrou, nesse domingo (12),  uma história linda de de um pai que na busca incessante da felicidade de seu filho criou uma bota especial para que ele pudesse realizar o sonho de poder jogar futebol.
      Felipe tem 13 anos e teve paralisia motora, devido a falta de oxigênio no cérebro durante o parto. Ele não consegue andar, porém vai a escola, lê, faz contas, entende tudo normalmente. Está na sétima série, a mesma de qualquer criança na idade dele. Gosta de ver os colegas na Educação Física e se diverte quando aparece um Bola Murcha.
     Mas Felipe sente falta de jogar bola com os meninos, um problema sem solução. Assim pensariam os pobres mortais que acham que a superação não é possível, mas um pai criativo e apaixonado pelo filho jamais pensaria dessa forma e para isso, Alexandro, mandou fazer uma bota especial, onde o Pai e o filho são um jogador só.
      Na estreia da dupla, eles já marcaram o primeiro gol, o segundo gol e a dupla fez o terceiro gol. Quem faz três gols quer pedir música.
      “Fala para o Schmidt, ‘eu quero tchu, eu quero tcha. Eu quero tchu, tcha, tcha, Tcha”, incentiva Alexandro, pai do menino.
      Vários jogadores, profissionais, fizeram três gols durante a semana, ou até mesmo no sábado, e não puderam pedir música no fantástico. Porque é só no domingo que vale. Temos o regulamento muito sério, muito rígido, e não podemos deixar de cumprir.
      “Oh Tadeu, deixa o Felipe pedir música”, pediram, em coro, os colegas do Felipe.
      Olhando mais uma vez, cuidadosamente, o regulamento. Encontramos o artigo 101, que diz claramente o seguinte, quando o artilheiro é um moleque fera, chamado Felipe, pode pedir quantas músicas quiser.
      “É a realização de um sonho de toda uma família, de uma estrutura. É mais que um título mundial, é mais que um prêmio de mega-sena, é amor puro”, conta Alexandre Faleiro, advogado e pai do menino.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

HITLER DENUNCIADO POR EXTERMÍNIO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

     
      No dia 3 de agosto de 1941, um domingo, algumas semanas após Alemanha e União Soviética entrarem em guerra, o bispo de Münster, na Renânia, denunciou publicamente o assassinato de deficientes físicos e intelectuais pelos nazistas.
      O monsenhor Clemens-August von Galen, de 68 anos, exclamava: “É uma doutrina tenebrosa aquela que busca justificar a morte de inocentes, que autoriza o extermínio daqueles que não são mais capazes de trabalhar, dos enfermos, daqueles que soçobraram na senilidade… Será que temos o direito de viver só enquanto pudermos ser produtivos?”.
      No começo do século XX, parecia legítimo que os seres humanos mais frágeis desaparecessem e abrissem espaço a seres mais bem preparados para sobreviver, em nome da seleção natural. É desse modo que são editadas em determinados Estados leis que permitiam esterilizar pessoas dadas como fracas de espírito ou deficientes.
      Em 14 de julho de 1933, Hitler, por sua vez, publicou uma lei sobre a esterilização dos deficientes intelectuais. Protesto houve somente do clero. Um decreto datado de 1º de setembro de 1939, exatamente no dia da deflagração da Segunda Guerra Mundial, prescrevia não mais somente esterilizar mas também levar à morte os deficientes, os marginais e os que apresentavam tendência permanente para a depressão. O pretexto era de liberar os leitos hospitalares para os futuros feridos de guerra.
      Hitler confiou toda a operação a Karl Brandt, seu médico pessoal, e a Philip Bouhler, médico-chefe da chancelaria. Eles se instalaram sob o nome de codificado “Aktion T4”. Os funcionários do T4 experimentaram diferentes meios de extermínio, começando com o veneno e depois descobrindo o gás. Num primeiro momento, encerraram suas vítimas num local fechado e injetaram o gás do escapamento de um caminhão.
      Muito rapidamente, os procedimentos foram aperfeiçoados. Em janeiro de 1940, uma quinzena desses infelizes foram conduzidos para uma falsa ducha de chuveiro e asfixiados com o monóxido de carbono. Os cadáveres foram em seguida incinerados e seus familiares  avisados por carta da morte acidental do parente e convidados a recuperar as cinzas. Era uma antecipação das câmaras de gás de Auschwitz.
      Em torno de 70 a 100 mil deficientes seriam dessa maneira assassinados em menos de dois anos. A inquietação foi crescendo. Até dentro do próprio exército cresceu a preocupação quanto ao destino dos feridos de guerra. Pastores protestantes começaram a reagir.
      O papa Pio XII interveio na questão em 15 de dezembro de 1940, condenando firmemente a eutanásia. Por fim, em 9 de março de 1941, o bispo católico de Berlim, von Preysing, denunciou “mortes batizadas de eutanásia”. Joseph Goebbels, chefe da propaganda, convenceu Hitler de não determinar a execução do bispo para evitar um conflito aberto com os cristãos de Münster. Finalmente, três semanas após o golpe de efeito do monsenhor von Galen, em 24 de agosto de 1941, Hitler decidiu suspender a “Aktion T4”.
      Os mais de cem funcionários do T4, contudo, não ficaram sem funções. Algumas semanas mais tarde, Heinrich Himmler, ministro do Interior e chefe supremo da SS, usou de sua expertise para pôr de pé o plano de eliminação física dos judeus.

FONTE: http://operamundi.uol.com.br/

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CEM ANOS DE JORGE AMADO





      
      Se Jorge Amado estivesse vivo, hoje estaria fazendo cem anos...

      Tieta do Agreste, Tenda dos Milagres, Mar Morto, Terras do Sem Fim, Gabriela Cravo e Canela, Capitães da Areia...
      Há cem anos atrás, abria os olhos para o mundo um dos maiores escritores brasileiros.
      Quem ainda não leu, não sabe o que está perdendo.

"Gabrielas" da TV




Dona Flor e seus dois maridos (filme)

SANDUÍCHE- ICHE

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

MULHER AUTISTA PENSA COMO ANIMAIS



     
      Quando era criança, a americana Temple Grandin não se relacionava com outras pessoas e só começou a falar aos quatro anos de idade. Hoje, é uma celebridade, foi tema de filmes, dá aulas na Universidade de Colorado, é assessora do governo dos Estados Unidos e uma autoridade mundial em saúde animal.
      Temple Grandin foi diagnosticada com autismo durante a infância. A empatia de Grandin com o gado e sua capacidade de entender o que os animais sentem levou à introdução de uma série de mudanças radicais no trabalho com o gado e na indústria de carne americana.
      Seus livros e palestras a tornaram tão popular que sua vida foi mostrada em documentários para televisão americana e europeia.
      Grandin esteve recentemente no Uruguai, participando de um encontro sobre saúde animal.
      Ela afirmou que o autismo está na raiz de sua habilidade.
      "O autismo me ajuda a entender o gado", disse Grandin em entrevista à BBC.
      "Penso de forma totalmente visual e é assim que os animais pensam. Minhas memórias são fotográficas e este pensamento visual me permite perceber detalhes que podem aterrorizar os animais, como as sombras, os reflexos no metal ou uma entrada que é muito escura."
      A professora afirmou que suas memórias parecem um vídeo que ela pode passar várias vezes em sua mente, explorando cada detalhe.
Detalhes e métodos       Grandin disse que tanto a "mente autista como a mente animal" notam detalhes que podem parecer mínimos para outras pessoas.
      Em um dos casos em que trabalhou, ela notou que o gado parava abruptamente na entrada de um curral e que isso ocorria devido aos objetos que estavam espalhados no caminho dos animais.


      "Penso de forma totalmente visual e é assim que os animais pensam."
      Em outro caso, o que assustava os animais era uma entrada muito escura. Ao invés de reconstruir o curral, a abertura de uma janela foi o suficiente para resolver o problema.
      Os métodos utilizados por Grandin não são convencionais e incluem deitar-se no chão, no local onde o gado fica, para que os animais se aproximem, como se fosse uma "encantadora" de gado.
      "O gado se sente ameaçado por coisas desconhecidas (...). Uma vaca em uma fazenda de leite vai caminhar sem problemas sobre uma sombra se a vê todos os dias. Mas um animal em um curral vai se assustar com esta mesma sombra se a ver como algo novo."
Bem-estar e medo       Grandin disse à BBC ser fundamental para a saúde dos animais que os abatedouros obedeçam a alguns requisitos.
      "Paredes sólidas e um chão que não escorrega são essenciais. Os animais entram em pânico quando escorregam", afirmou.
      "Os funcionários também devem manter a calma e reduzir muito o uso do bastão elétrico (para ajudar a conduzir o rebanho). A forma como os animais são tratados afeta a qualidade da carne. O uso do bastão e a agitação durante os últimos cinco minutos antes do abate fazem com que a carne fique mais dura", disse.
      No entanto, a professora afirma que a principal razão de mudar o tratamento dos animais é que "eles são capazes de sentir tanto medo como dor".
      Alguns críticos perguntam a razão de se melhorar o bem-estar do gado se eles serão mortos para o consumo humano e se o melhor seria simplesmente não matar estes animais.
      "Quando me perguntam como posso justificar a matança de animais para o consumo de sua carne, minha resposta é a seguinte: o gado não teria nascido se não os tivéssemos criado com fins alimentícios. Devemos dar a eles uma vida boa e uma morte sem dor", afirmou Grandin.
Palestras       Além de seu trabalho com bem-estar animal, Grandin também dá numerosa palestras sobre autismo, destacando a importância de fornecer logo cedo o apoio de professores capazes de dirigir as fixações de crianças autistas em direções que rendam frutos.
      "(Albert) Einstein hoje seria diagnosticado como autista. Ele não falou até os três anos de idade."
      "Steve Jobs, o fundador da Apple, foi perseguido por seus colegas de escola e era considerado um solitário, estranho quando estava na escola", disse Grandin à BBC.
     "As pessoas diferentes são capazes de conseguir coisas grandiosas", acrescentou.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O PRIMO BASÍLIO - SUGESTÃO DE LIVRO

      Hoje vou sugerir um livro que considero fantástico: "O Primo Basílio", de Eça de Queirós. Além da minuciosa narrativa que nos transporta para a Lisboa do século XIX, o livro também conta a história da empregada que chantageia a patroa, causando assim uma inversão de papéis.




      "O Primo Basílio" conta a história de Luísa, jovem sonhadora e ociosa da sociedade lisboeta, que acaba envolvida por Basílio, seu primo, com quem se reencontra, após anos de distância. Achando-a sozinha, já que Jorge, o marido, viajara a negócios, Basílio serve-se de sedução e galanteios, até levá-la a se envolver profundamente consigo, tornando-se sua amante. Juliana, a criada, descobre a corres­pondência trocada por ambos e chantageia a patroa.

Marilia Pera como Juliana, em O Primo Basílio (adaptação para a tv)