sexta-feira, 19 de julho de 2013

O CRESCIMENTO DO AUTISMO


    Sabemos muito pouco sobre o Autismo, entretanto a cada ano aumenta o número de indivíduos diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autismo). Muitas são as especulações do que pode ser ou não a causa do elevado crescimento destes índices, conforme o Centro dos EUA de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de 1980 até a data de hoje o crescimento foi muito significativo.
    Segundo Emily Willingham, escritor da Forbes, dentro desses números aparece a constatação de que a maior parte do aumento de 2007 para 2013 ocorreram em crianças em idade escolar. Em outras palavras, se  é possível diagnosticar o autismo por volta dos 18 meses de idade até os 5 anos, porque muitos destes novos diagnósticos de autismo foram detectado somente mais tarde? Por que o autismo “passa” despercebido em algumas crianças, antes de sua vida escolar? Isso se encaixa com a ideia de que uma grande parte do aumento no autismo que temos visto na última década, tem muito a ver com uma maior consciência e identificação do mesmo, bem como a aceitação das pessoas autistas, verificação de seu potencial, e a busca para garantir os apoios e os recursos necessários para cumprir esse potencial.
    De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), cuja última revisão foi agora em maio de 2013, ocorreram mudanças significativas para os critérios de diagnósticos para o autismo. A nova revisão do DSM inclui uma definição diferente de TEA (Transtorno do Espectro Autista, ASD em inglês). Para ser diagnosticado com TEA, o indivíduo deve ter apresentado sintomas que comecem na infância precocemente e devem comprometer a capacidade do indivíduo em função da sua vida e do dia a dia.
        No DSM-IV, havia cinco transtornos do espectro do autismo, cada um dos quais tinha um diagnóstico único: Transtorno Autista ou autismo clássico, Transtorno de Asperger ,Transtorno Invasivo do Desenvolvimento - Sem Outra Especificação ( PDD-NOS ), Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância.
        Na última revisão do DSM, esses transtornos não existirão como diagnósticos distintos no espectro do autismo. Em vez disso, com exceção da síndrome de Rett, eles vão ser incluídos no diagnóstico de "Transtorno do Espectro do Autismo." A Síndrome de Rett vai se tornar uma entidade própria e deixará de ser parte do espectro do autismo.
         De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria DSM-V Development Team, os padrões para o diagnóstico de transtornos do espectro do autismo mudaram por várias razões:
        - Embora seja possível distinguir claramente a diferença entre as pessoas com TEA’s e aqueles com o funcionamento neurotípico, é mais difícil de diagnosticar os subtipos válidos e consistentes.
          - Uma vez que todas as pessoas com transtornos do espectro autista exibem alguns dos comportamentos típicos, é melhor para redefinir o diagnóstico por gravidade do que ter um rótulo completamente separado.
          - Um único diagnóstico de TEA reflete melhor a atual pesquisa sobre a apresentação e patologia do autismo.

FONTE: Vivências Autísticas

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