quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DAVA NA SESSÃO DA TARDE - AS SETE FACES DO DR. LAO

    
  


    E quem se lembra desse filme na Sessão da Tarde?
      Clássico dos anos 80! Um velho chinês chega a uma cidade do Estados Unidos trazendo um peixe dentro de um aquário e um circo repleto de atrações, entre elas, a Medusa, o Abominável Homem das Neves e o Mago Merlim. 

   
    O Dr. Lao (e todas suas outras faces) foi interpretado pelo ator Tony Randall (que não era chinês).

Sinopse: 

Chinês gentil e idoso (possui 7322 anos), Dr. Lao (Tony Randall) chega em Abalone, Arizona, com seu circo, que tem atrações únicas (o Abominável Homem das Neves, Merlin, Medusa, Pan, Apolônio de Tiana e outros seres fantásticos). Ele constata rapidamente que a cidade é dominada por um rico rancheiro, Clint Stark (Arthur O'Connell), que alega que em 6 meses não haverá água na cidade, pois o aqueduto está quase inutilizado e o conserto seria de US$ 237 mil. Assim Stark propõe comprar toda a cidade e só Ed Cunningham (John Ericson), o dono do jornal local, se opõe à idéia. Mas em poucos dias o Dr. Lao irá alterar a vida dos moradores de Abalone.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"DE MULETA ELA NÃO ENTRA!"


      A estudante de Relações Públicas Yasmin Marques, de 20 anos, ainda se recupera do acidente de carro que sofreu em novembro de 2012. Com o fêmur direito quebrado em três pontos, carrega na perna uma haste de titânio e dois parafusos. Após um mês na cama e seis meses usando uma cadeira de rodas, ela conseguiu, em junho, voltar a andar, com o auxílio de muletas.
        E justamente por causa dessas muletas, Yasmin diz ter sido impedida de entrar em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Santos, litoral sul de SP, no último dia 16 de agosto.
     Acompanhada pela irmã, a estudante foi ao banco para pedir informações sobre o PIS. Quando tentou passar pela porta giratória, o mecanismo de segurança travou. “Além da haste e dos parafusos, minhas muletas são de alumínio. Eu já sabia que a porta poderia travar”, diz a estudante.
        Como não carregava bolsa e qualquer item nos bolsos, Yasmin imaginou que a porta seria liberada porque todos conseguiam ver o que ela usava para se locomover. Segundo a estudante, não foi isso o que aconteceu. “O segurança me ignorou totalmente e, após minha irmã insistir, ele chamou uma funcionária. E essa funcionária disse ‘de muleta ela não entra’. Fiquei sem saber o que fazer. Minha irmã entrou na agência e eu fiquei na área onde estão os caixas eletrônicos. Como não havia cadeiras, fui obrigada a me sentar no chão”. A estudante já consultou advogados e promete processar a Caixa.
      Yasmin afirma ainda que, no mesmo dia, após sair da Caixa, esteve em uma agência do Banco do Brasil, em outra do Banco Santander e também em uma unidade da Previdência Social, todas em Santos. “Nesse locais, eu entrei direito e nem precisei passar pela porta giratória. Por que a Caixa não fez o mesmo?”.
       Em nota enviada por e-mail, a Caixa afirma que “está apurando a conduta dos funcionários envolvidos. O banco destaca que uma das principais diretrizes da sua política de atendimento é garantir o acesso de toda a população à sua rede de atendimento e esclarece que o uso da porta giratória tem como função garantir a segurança dos clientes, empregados e patrimônio. E nunca causar obstáculos e constrangimentos”.

Fonte: Blog Vencer Limites

CADEIRANTE MORRE AO CAIR DE ÔNIBUS E EMPRESA DE COLETIVO É CONDENADA




      Uma empresa de ônibus de Gravataí (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, foi condenada a indenizar a mulher e a filha de um cadeirante que morreu após cair de um veículo da companhia. A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a empresa Sociedade de Ônibus Gigante LTDA (Sogil) a pagar R$ 135,6 mil às familiares do homem – R$ 67,8 mil para cada uma, por danos morais e materiais.
    O incidente ocorreu em 2008 – o cadeirante tentava descer do ônibus com a ajuda de um acompanhante, mas caiu na via. Ele sofreu várias lesões e foi hospitalizado, mas morreu no dia seguinte.
      A mulher e a filha da vítima entraram com uma ação contra a empresa Sogil pedindo indenização por danos morais e materiais, além do pagamento de uma pensão mensal. Elas alegaram que o motorista agiu contra as normas de segurança e não prestou socorro. A companhia, por sua vez, alegou que o incidente ocorreu por culpa do cadeirante e da pessoa que o acompanhava.
      Em primeira instância, o juiz Rodrigo de Souza Allem, da Comarca de Gravataí, condenou a Sogil a indenizar as familiares da vítima, mas negou o pedido de pagamento de pensão. Tanto as autoras quanto a empresa recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, mas o desembargador Luiz Roberto Imperatore de Assis Brasil manteve a condenação determinada anteriormente.
     O magistrado considerou que, “se a empresa não disponibilizou um veículo adaptado, deveria ter proporcionado, no veículo disponibilizado, segurança ao passageiro, mediante orientação e treinamento a seus prepostos”. Além disso, testemunhas afirmaram que o ônibus ainda estava em movimento quando o motorista abriu a porta.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 27 de agosto de 2013

CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS APÓS LEREM "PINÓQUIO DAS MULETINHAS"

     

    
Ficha de leitura do livro "Pinóquio das Muletinhas" que carinhosamente recebi de uma educadora ...

(Respondida por alunos dos anos iniciais)

       Eu gostei da história "Pinóquio das Muletinhas" porque...

... mostra que todos somos diferentes e mesmo assim nós podemos ser amigos!

... ensina a não mentir porque senão acontece algumas coisas.

... eu achei muito legal ele fazer histórias de pessoas deficientes.

... eu adoro os livros do Cristiano Refosco e porque é com deficientes.

... porque ela é muito legal e fala de deficiência.

... Porque essa é uma história que ele mente, mas depois ele fala a verdade e isso é uma lição: você nunca deve falar a mentira.

... porque ela ensina a não debochar de ninguém.

... mostra que as pessoas com deficiências são iguais a gente.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

E A TAL CONTADORA DE HISTÓRIAS...





      Dia desses, fui procurado por um jornal aqui do Rio Grande do Sul para rebater as críticas que meus livros tinham recebido de uma contadora de histórias gaúcha. Pedi ao jornalista que me enviasse as críticas da tal senhora para que eu soubesse a que se referiam. Sinceramente, não tenho problemas com críticas e nem com elogios. Acredito que ambos sejam as manifestações mais genuínas do quanto um trabalho agrada ou não. Porém, quando a crítica é feita de uma forma grosseira e preconceituosa, como a que foi realizada pela tal contadora de histórias, acho válido comentar...

    A tal contadora de histórias iniciou os seus escritos dizendo que eu havia feito “bullying” com os personagens dos contos de fadas.  Achava um absurdo os nomes dos personagens estarem vinculados as suas deficiências e disse que eu havia mutilado (e em outro momento no seu facebook ela trocou mutilado por “aleijado”) os personagens dos contos de fadas. Para mim, isso é preconceito puro, e rebati dizendo que não via demérito algum em a Chapeuzinho Vermelho ser cadeirante ou em o Aladim ter Síndrome de Down.

   O fato de eu ter associado o nome dos personagens com as suas deficiências não se constitui “bullying” ou ofensa, visto que chamar alguém de cegou ou de surdo não é pejorativo. A convenção realizada pela ONU em 2006 estabeleceu formas corretas de se referir às pessoas com deficiência, mas pelo visto, a tal contadora de história ignora isso completamente e prefere ficar presa a sua visão obsoleta, pouco inteligente e preconceituosa.  

    A coleção “era uma vez um conto de fadas inclusivo” se propõe a discutir e a provocar a reflexão das diferenças de uma forma direta e objetiva, sem máscaras. Entendo que tal postura incomode aos mais conservadores. Afinal, nem todo mundo consegue lidar com isso com naturalidade. Tem gente sem deficiência que acha que sentar numa cadeira de rodas dá azar, por exemplo... Não me surpreenderei se a tal contadora de histórias pensar assim. Também,  pudera. Alguém que teve a capacidade de dizer que os contos de fadas já possuem “deficientes” demais (sete anões, sendo que um é “surdo-mudo”, segundo ela e o próprio patinho feito), não deve ter sua opinião tão levada em conta. Quanta confusão motivada por desconhecimento! Em primeiro lugar, o anão “mudo” e não “surdo-mudo” foi criado pela versão da Branca de Neve da Disney. O mesmo não acontece com a versão dos Irmãos Grimm (que segundo ela, devem estar se debatendo nas sepulturas em virtude dos meus livros). Ou seja, os contos de fadas vêm se transformando pelos séculos.

     O patinho feio tem deficiência? Não sabia... A menos que ser feio seja uma deficiência. Realmente, argumentações lamentáveis e desprovidas de conhecimento e de bom senso.

      Que ela tenha achado os livros ruins e ridículos, tudo bem. Está no seu direito.  Assim como ela não gostou, tem muita gente que adorou e que pede para que eu continue abordando a temática das diferenças nos próximos projetos. Porém, vir pra cima de mim com abordagem preconceituosa e até vulgar, como no fato de questionar se os genitais do João sem braços não tinham sido feridos por ele ter subido o pé de feijão usando as pernas e a boca, acho de última.

    Sim, o João sem braços subiu o pé de feijão usando a boca e as pernas. Qual o problema? Ele é personagem de um livro infantil, não de um documentário da Discovery. Onde fica a fantasia e a imaginação? Estamos falando de literatura infantil, não da realidade.  Pouco provável que ele conseguiria? E o que falar da boneca de pano Emília do Monteiro Lobato que caminhava, falava e era inteligentíssima? E o que dizer do Visconde de Sabugosa, um sabugo de milho sábio?

    No dia que as pessoas com deficiência (que tanto têm me agraciado com elogios e comentários positivos e sobre os livros) se sentirem ofendidas com os contos de fadas inclusivos, aí sim, vou ficar preocupado. Quem tem uma deficiência quer é ser visto e respeitado, e não escondido.

     Lamentável que uma contadora de histórias tenha esses tipos de preconceitos...  Na sua crítica amadora, ela disse que sentia pena das criancinhas deficientes que iriam ler os meus livros (como se a coleção tivesse sido feito exclusivamente só para crianças com deficiência)...  Quem tem pena sou eu, mas das crianças que escutam as histórias que essa mulher conta. Felizmente, meus livros não serão lidos por essa senhora, uma vez que ela se recusa a lê-los para quem quer que seja. Melhor mesmo... Seria incoerente uma ferramenta que vem sendo utilizada no país todo e em Portugal como forma de reflexão sobre as diferenças, estar ganhando vida através de uma voz tão preconceituosa.

 Cristiano Refosco

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CINDERELA SEM PÉ




      "Cinderela sem Pé" é mais um livro que compõe a linda coleção de Cristiano Refosco, "Era uma vez um Conto de Fadas Inclusivo".
          Nele, Cinderela, que nasceu sem um dos pés, conta com a ajuda de Fada Madrinha para viver uma noite mágica no baile do castelo.

      Ficou curioso em saber como essa história termina? Adquira a coleção através do e-mail: divulgacao@escritos.com.br

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

JOÃO SEM BRAÇOS E O PÉ DE FEIJÃO





      "João sem Braços e o Pé de Feijão" é mais um livro da coleção "Era uma vez um Conto de Fadas Inclusivo". Nele, João sem Braços sobe por um pé de feijão e vai parar no castelo de um poderoso gigante. Para fugir de lá e conseguir levar a Galinha dos Ovos de Ouro, ele tem que usar toda sua esperteza.

     Quer conhecer um pouco mais dessa linda história? Adquira o livro ou a coleção através do e-mail: divulgacao@escritos.com.br
ou por ligue (51) 32396538

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

XICA DA SILVA: A VERDADEIRA HISTÓRIA




      Tudo começou em 1860, quando o advogado Joaquim Felício dos Santos, foi contratado para cuidar da partilha da herança de uma neta de Xica da Silva. Examinando antigos documentos das propriedades deixadas pelo contratador João Fernandes. Fascinado com as informações colhidas sobre a vida dos dois amantes, o advogado e historiador nas horas vagas, decide relatar ao seu modo, a história de Xica em seu livro “Memórias do Distrito Diamantino”, publicado em 1868. Sem nenhuma fonte histórica, talvez influenciado pelo racismo da época, Joaquim Felício dos Santos descreveu Xica da Silva como uma negra alta, que não possuía graça, beleza e educação, enfim, não possuía atrativo algum que pudesse justificar uma forte paixão. A imagem de Xica, construída por esse autor foi extremamente negativa, era incompreensível, para Felício dos Santos, o fato de uma escrava alforriada ter conquistado a atenção de um homem branco e bem situado, no caso o contratador João Fernandes de Oliveira, um dos fidalgos mais ricos e influentes da época, sem apelar para bruxaria ou jogos de sedução, e chegar a uma posição de destaque na sociedade local, durante o apogeu da exploração de diamantes em Minas Gerais.
Cena da Novela "Xica da Silva"

      De acordo com a imaginação alimentada por Joaquim Felício dos Santos, sobre a escrava que se fez rainha, utilizando-se do seu corpo e apetite sexual invulgares para seduzir pessoas poderosas, acabou gerando diversos mitos, cujas histórias não comprovadas, improváveis ou impossíveis são mais conhecidas do que sua biografia real. O resultado foi uma versão distorcida que se tem repetido erroneamente com o passar do tempo. A vida de Xica da Silva tem sido retratada em cima de um estereótipo, distante da mulher de carne e osso que viveu no arraial do Tejuco, dos anos 30 a 90 do século XVIII. A mulher que inspirou as atrizes Zezé Mota, no filme, e Taís Araújo, na novela, foi baseado no livro escrito por Joaquim Felicio. A publicação faz de Xica a única negra a figurar em um registro histórico e o autor encontra no sexo e na perversidade os pretextos para uma escrava merecer tal destaque. Todos estes sucessos foram obras de ficção feitas para atender ao público ansioso por boas estórias e com pouca base nos fatos históricos.
      A filmagem de Cacá Diegues, sobre Xica da Silva, de 1976, foi um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro. O filme é cheio de elementos fascinantes, como música e dança, focalizando a trajetória de Xica da Silva, que de escrava, tornou-se a primeira dama negra de nossa história, seduzindo o milionário contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. A figura lendária da escrava ficou imortalizada na personagem sensual, desbocada e travessa, representada pela artista brasileira Zezé Mota. Durante todo o filme, Xica se comporta de maneira grosseira, cospe na comida das visitas; gasta fortunas em jóias e roupas de Paris; bate na escrava que não quer servi-la; deseja freqüentar locais só para brancos. Na trilha sonora do filme, Xica da Silva é uma canção composta pelo cantor Jorge Ben, lançada em 1976, e faz parte do álbum África Brasil.
      O mesmo aconteceu com a novela exibida na Rede Manchete, entre 17 de Setembro de 1996 a 11 de Agosto de 1997, estrelada por Taís Araújo. Escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Walter Avancini. A novela causou muita polêmica, por exibir cenas de nudez que deram destaque na trama. Adriane Galisteu foi quem mais apareceu nesta condição. Taís de Araújo, por sua vez, não tinha idade para aparecer nua. A atriz era menor de idade, e por isso, quando ela fez 18 anos, Avancini comemorou. Uma semana depois do seu aniversário, e depois de mais de 50 capítulos de espera, a atriz apareceu nua no capítulo do dia 2 de dezembro de 1996. Teve até participação da estrela italiana do cinema pornô Cicciolina. Mais uma vez a arma utilizada foi o erotismo e a forte retratação histórica.


      
      Pesquisas recentes, contestam o mito de que Xica da Silva era um furacão sedutor, uma verdadeira devassa sexual. Para recontar a vida da ex-escrava, a historiadora Júnia Ferreira Furtado, pesquisou a fundo os costumes daquele tempo. Descobriu que Xica estava longe de ser a única mulher negra a viver com homens brancos. O sexo era a única condição encontrada pelas escravas, para facilitar o acesso à alforria e o concubinato. Seja como for, as mulheres tinham maiores chances de ganhar liberdade do que os homens, pois, uma vez livres, viam diminuir o estigma da cor e da escravidão, para elas e para seus descendentes. "Essa era uma prática comum nas Minas Gerais daquele tempo", afirma Júnia. "Ela jamais teria escandalizado aquela sociedade, porque muitas outras ex-escravas tiveram vida parecida com a dela”. Segundo a professora, a própria estabilidade do casamento com um nobre branco, o fato de Xica freqüentar a elite e todas as irmandades brancas do Tijuco e de ter sido enterrada no cemitério da Igreja de São Francisco de Assis, que são destinados aos brancos ricos, comprovam que ela era uma mulher que se portava de acordo com os padrões morais e sociais da época. "Caso contrário, seria impossível que Xica tivesse esses privilégios", reforça a pesquisadora.

      Com base em documentos encontrados em fóruns de cidades próximas a Diamantina, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e na Torre do Tombo, em Lisboa, Júnia descobriu que Xica da Silva estava mais para zelosa mãe de família, fiel ao homem com quem viveu por dezessete anos, do que para mulher depravada que escolhia parceiros conforme o tamanho do cofre. Não há informações sobre outros casos amorosos, nem mesmo depois da partida de João Fernandes, o que teria causado atritos na sociedade profundamente conservadora da época. Um dos documentos mais importantes descobertos por Júnia durante a pesquisa é a carta de alforria de Xica da Silva, encontrada enquanto a historiadora revirava os arquivos do fórum do Serro, cidade vizinha a Diamantina. A papelada estava carcomida pelas traças, mas mesmo assim foi possível reconstituir a verdadeira história da escrava. 
FONTE: PROJETO ATITTUDE http://projetoattitude.blogspot.com.br

terça-feira, 20 de agosto de 2013

GREGOS COM DEFICIÊNCIA NADAM GRAÇAS A CADEIRA COM ENERGIA SOLAR

   




      Pessoas com deficiências físicas podem nadar sozinhas na Grécia graças a uma cadeira movida a energia solar desenvolvida por uma equipe de cientistas. O dispositivo Seatrac permite que os indivíduos entrem e saiam da água de forma autônoma, por meio de um trilho que os leva até o mar e os traz de volta à areia.
        O aparelho foi criado em 2008 e protegido por leis de patente europeias e americanas. Ele opera sobre um mecanismo de controle fixo, que permite que até 30 cadeiras de rodas sejam movidas diariamente para dentro e fora do mar.



Trio trabalha na instalação do Seatrac em Nea Makri, a leste de Atenas (Foto: Yorgos Karahalis/Reuters)

        Atualmente, 11 dispositivos Seatrac estão instalados na Grécia, um país com milhares de ilhas e uma das maiores costas do mundo. Os pesquisadores tentam agora expandir o negócio: o produto já foi exportado para o Chipre, e há negociações com países como Croácia, França, Emirados Árabes Unidos e Israel.
       Os criadores do dispositivo também se beneficiaram do clima da Grécia, onde faz sol quase o ano todo, mas ainda há pouca acessibilidade para pessoas com deficiência. Além disso, o Seatrac pode ser configurado facilmente em praias sem rede elétrica e desinstalado ao fim da temporada, sem danos para o meio ambiente.


Trilhos do Seatrac em praia de Alepochori, a oeste de Atenas, em julho (Foto: Yorgos Karahalis/Reuters)

     A equipe espera que o aparelho impulsione o turismo no Mediterrâneo, o setor mais lucrativo da região. Os cientistas lamentam, porém, a falta de apoio das autoridades locais, que compraram o dispositivo por R$ 90.810 cada, e são responsáveis pela manutenção após o primeiro ano de uso.
      Paralisado da cintura para baixo, o mecânico Lefteris Theofilou, de 52 anos, passou quase metade da vida ligado a uma cadeira de rodas. Ele lembra como se fosse um sonho a primeira vez que a cadeira movida a energia solar lhe permitiu nadar sozinho no mar grego, em uma noite quente de verão.

      Ele se sentou na cadeira e, ao apartar um botão, subiu nela sem ajuda e andou 20 metros pela costa até a água.
     “Temos milhares de praias, as mais belas do mundo, e ainda assim não somos capazes de nadar nelas? Isso faz você se sentir livre e capaz de coisas que não poderia imaginar que faria em seu próprio país”, disse. “Esses caras criaram uma coisa incrível, e ainda tropeçamos em problemas do Estado. Esse é o desleixo do Terceiro Mundo”, afirmou Theofilou.
     O engenheiro Ignatios Fotiou, um dos inventores do Seatrac, comparou a falta de apoio do governo à “construção de um apartamento de cobertura sem um edifício embaixo dele”.
    Em uma praia movimentada na cidade costeira de Alepochori, perto de Atenas, vandalismo e roubos de painéis solares são comuns. Se alguma coisa quebra, os moradores dizem que pode levar dias para o município corrigir o problema, o que às vezes é adiado ainda mais por trabalhadores em greve. Muitas vezes, adolescentes também usam a máquina como trampolim de mergulho.
    O grego Minas Georgakis – cuja mulher, Matoula Kastrioti, de 46 anos, sofre de esclerose múltipla e está em uma cadeira de rodas – disse que precisou tomar o assunto nas próprias mãos, porque a ajuda da administração local “simplesmente não existe”.
     Com pranchas de madeira, ele construiu uma rampa adicional para permitir o acesso ao Seatrac, já que as cadeiras de roda convencionais não podem ser conduzidas sobre a areia. Mesmo assim, o caminho que leva até o dispositivo é frequentemente bloqueado por motocicletas estacionadas e lixo não recolhido.




Lefteris Theofilou, que sofre de paraplegia, é ajudado pela mulher, Eleni, de 37 anos, que tem paralisia cerebral. Dispositivo a energia solar ajuda pessoas com deficiência a nadar (Foto: Yorgos Karahalis/Reuters)







A grega Matoula Kastrioti observa praia em Alepochori, no dia 12 de julho (Foto: Yorgos Karahalis/Reuters)
Fonte: G1

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

VAGAS ACERGS

     

     A Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (ACERGS) abre vagas para a oficina de Auxiliar Administrativo - Secretariado direcionada para pessoas com deficiência visual.

     A oficina é gratuita e tem início no dia 03/09 e previsão de término no dia 22/11, com aulas de segunda a sexta, das 13:30 às 16:30.

     A presente oficina visa qualificar os participantes para o pleno desenvolvimento das atividades de apoio administrativo nas organizações de pequeno e médio porte.

     As aulas serão ministradas pelo professor Orestes Pereira dos Anjos Junior, graduado em Tecnologia e Processos Gerenciais, com vasta experiência na docência de disciplinas direcionadas para áreas administrativas, e acontecerão na sede da ACERGS, localizada na Rua Vigário José Inácio, nº 433, 6º andar, Centro, Porto Alegre-RS.

     Os interessados devem  ligar para o número 51-3225-3816 ou se dirigir a sede da ACERGS, rua Vigário José Inácio, 433, 6 andar, Centro, Porto Alegre-RS, das 9h às 12h e das 13h às 18h, para efetuar a inscrição.

     Requisitos para participação: Pessoas com Deficiência Visual com ensino médio incompleto.

     Período de inscrições:  13 a 27 de agosto de 2013.

     Observação importante: A oficina será oferecida para 20 pessoas, as quais terão suas participações confirmadas respeitando a ordem de inscrição.


O que: Oficina de Auxiliar Administrativo - Secretariado

Dias: 03 de setembro a 22 de novembro  de 2013

Horário: 13:30 às 16:30 h

Local: ACERGS – Rua Vigário José Inácio, 433, 6º andar, Centro, Porto Alegre-RS


Aguardamos sua participação!

Melissa Bahia
Gestora de Empregabilidade

TRATADA COM MACONHA, MENINA ANDA E FALA PELA PRIMEIRA VEZ



      
      Uma criança britânica que sofria milhares de convulsões toda semana está enfim se recuperando, depois que seus pais iniciaram um controverso tratamento com maconha medicinal. Médicos disseram a Paige e Matt Figi que sua filha, Charlotte, não teria muito tempo de vida depois de ser diagnosticada com uma condição rara de epilepsia. Depois de anos pesquisando uma forma de curar a doença, eles passaram a alimentá-la com doses controladas de cannabis sativa - parte de um procedimento que ainda não conta com ampla aceitação médica. As informações são do Daily Mail.

      Os pais relatam que poucos meses depois de dar início ao tratamento, Charlotte começou a caminhar e falar pela primeira vez, e suas convulsões praticamente pararam. "Tentamos todo o possível, e os doutores continuavam nos dizendo que ela iria morrer. Quando Matt me falou sobre o tratamento, fiquei horrorizada, mas estávamos tão desesperados que decidimos tentar", informou a mãe da menina.
      Charlotte, hoje com seis anos, teve as primeiras convulsões aos três meses de idade. Dentro de uma semana, ela começou a ter crises diversas vezes por dia. Ela foi diagnosticada com síndrome de Dravet - ou epilepsia mioclônica severa da infância -, uma forma rara de epilepsia que começa nos primeiros meses de vida. Crianças com essa condição costumam se desenvolver normalmente enquanto bebês, porém seu crescimento começa a estagnar por volta dos dois anos de vida. Pacientes com essa condição registram maior incidência de morte súbita inesperada em epilepsia.
      Ainda não há cura para essa síndrome, e as opções de tratamento são limitadas, mas envolvem principalmente o uso de antiepilépticos para combater as convulsões. O tratamento com maconha medicinal envolve o aproveitamento do óleo extraído da folha da cannabis, que é então diluído até atingir uma dose precisa. Esse procedimento não é totalmente aprovado, porém recebe apoio de algumas entidades - especialmente das famílias de pacientes com epilepsia, esclerose múltipla e mal de Parkinson.

FONTE: Terra http://noticias.terra.com.br/

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - PARTE 2



      A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é um termo genérico utilizado para descrever um amplo espectro de anormalidades do quadril. O diagnóstico precoce da displasia do quadril é da mais alta importância, uma vez que o tratamento adequado evita a luxação e previne a incapacidade em longo prazo. 
      O exame físico do lactente por meio dos testes de Barlow e Ortolani são uma prática rotineira na avaliação médica do Recém-Nascido. Se o exame físico é positivo, a avaliação ultra-som deve ser realizada para avaliar a posição anatômica da cabeça femoral cartilaginosa em relação ao acetábulo.

      No entanto, a DDQ não ocorre somente nos recém nascidos. A displasia do quadril também pode acontecer em crianças que não descarregam o peso corporal sobre os membros inferiores. A falta de esímulo mecânico pode gerar alterações da morfologia óssea da pelve e quadril. 
      Assim, crianças com Encefalopatia Crônica, Mielomeningocele, Amiotrofia Espinhal Progressiva ou qualquer outra condição que dificulte ou impeça a aquisição do ortostatismo estão em risco potencial para o desenvolvimento de luxação e ao longo do tratamento de reabilitação devem ser avaliadas radiograficamente para o acompanhamento de uma possível displasia de quadril.

      Um  sinal tardio é o de Galeazzi ou de Allis: com a criança deitada e com os joelhos fletidos, eles não estarão na mesma altura, denotando já a diferença de comprimento entre os membros inferiores. Evidentemente este sinal será mais claro nos casos unilaterais.

 


FONTE: REVISTA BRASILEIRA DE ORTOPEDIA

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MORADOR DE FLORIANÓPOLIS É ESCOLHIDO COMO O SURDO MAIS BONITO DA AMÉRICA




      Um morador de Florianópolis de 27 anos foi eleito um dos surdos mais bonitos do mundo e o mais bonito da América no concurso Mister Deaf International. No mesmo concurso, a brasileira Lais Gonçalves foi a vencedora e se tornou a Miss Deaf International.
    Tomaz Beche Estivalate tem graduação em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é professor, ator, tradutor e modelo. Ele conta que já participou de outros concursos e em um deles concorreu também com ouvintes. Porém, neste ano o concurso foi exclusivamente para surdos.


       Segundo Tomaz, ainda criança participou de grupos de teatro da associação dos surdos, na escola e em encontros com amigos. Depois, ao ingressar na universidade, iniciou o trabalho como ator/tradutor na comunidade surda em todo Brasil. "Foi então que me tornei conhecido nacionalmente. Já o trabalho como modelo, iniciei aos 14 anos", disse.
       Apesar de trabalhar como modelo desde os 14 anos, a participação em desfiles é recente. Em 2009, Tomaz foi convidado para o concurso, mas não aceitou. Depois, em 2010, participou e gostou da experiência. "Resolvi ir mais longe. Em 2013, fui selecionado para representar o Mister Brazil na comunidade surda. Fiquei muito contente por ser escolhido", disse ele.
       Além disso, a experiência vai além do título. "Conheci novas pessoas surdas no evento, aprendemos juntos, nos comunicamos através de sinais. É uma língua universal. Esse encontro foi muito bom, é uma nova experiência e é importante para o público ver que pessoas surdas são capazes e têm sua beleza", disse.
       De acordo com ele, nunca sentiu preconceito no dia a dia, mas na carreira já perdeu oportunidades por ser surdo. "Na agência de modelo, fui fazer uma entrevista e o diretor/estilista me pediu desculpas, mas que não havia mais vagas. Senti que era porque sou surdo. Por falta de experiência, eles têm medo que eu erre por isso. Mas para trabalhar como modelo não é necessário ouvir, mas necessário olhar e desfilar. Tenho um corpo para isso e meu perfil já está incluído", contou ele.

Rapaz tem 27 anos, é professor, ator e modelo (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação) 
Rapaz tem 27 anos, é professor, ator e modelo
(Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
   Já quanto à beleza, percebe vantagens e desvantagens. "Eu sofri toda minha vida. Sempre quis melhorar, porque sou muito exigente. Eu me irrito, mas no fundo gosto dos meus defeitos e aprendi conviver com eles", disse.

       Após o concurso, conforme Tomaz, começaram a surgir convites. "Estou sendo convidado para fazer entrevistas no jornal, revista, TV. Dar uma palestra sobre minha experiência no concurso. E também para fazer novas campanhas", completa.

FONTE: G1

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TRABALHO EM EQUIPE...



     Trabalho em equipe, Charles B. Tripp, sem os braços e Eli Bowen sem as pernas. (1890)

FONTE: Imagens Incríveis

terça-feira, 13 de agosto de 2013

DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - DDQ



      
      A terminologia "Displasia do Desenvolvimento do Quadril - DDQ" descreve o amplo espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento, desde a displasia até a luxação da articulação, passando pelos diferentes graus de subluxação da coxofemoral. A incidência da DDQ é variável, dependendo de vários fatores, inclusive da localização geográfica. Aproximadamente um em cada 1.000 recém-nascidos poderá nascer com o quadril luxado e cerca de 10 em 1.000 com o quadril subluxado (instável). 
      Em nosso meio podemos esperar a incidência de cinco por 1.000 quanto à positividade do sinal de Ortolani, que é o sinal clínico precoce de detecção da afecção. Os fatores de risco para a DDQ incluem: sexo feminino, raça branca, primiparidade, mãe jovem, apresentação pélvica ao nascimento, história familiar, oligohidrâmnio, recém-nascido com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou na coluna vertebral.
       O exame do quadril do recém-nascido deverá ser rotineiro e enfatizado nos berçários. No recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani e de Barlow. A radiografia convencional tem um valor limitado na confirmação diagnóstica da DDQ nos recém-nascidos sendo a ultrassonografia do quadril o exame ideal. O tratamento da DDQ é desafiador tanto para o ortopedista pediátrico como para o generalista. Os objetivos do tratamento incluem o diagnóstico o mais precocemente possível, a redução da articulação e a estabilização do quadril em uma posição segura. 

FONTE: REVISTA BRASILEIRA DE ORTOPEDIA

Roberto Guarniero
Professor Associado Livre Docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

FISIOTERAPEUTA CRIA ROUPAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


      
      Calças jeans com elástico e velcro e agasalhos com aberturas nas laterais estão entre as peças adaptadas vendidas no site de roupas para pessoas com deficiência lançado no começo de julho pela fisioterapeuta Dariene Rodrigues, de 35 anos, de SorocabaSite externo., no interior de São Paulo. Os modelos buscam atender a demanda dessas pessoas por peças confortáveis e fáceis de vestir – o que facilita a vida, por exemplo, de cadeirantes ou de quem precisa usar sondas ou fazer fisioterapias.
      “[A ideia surgiu] de tanto eu ouvir as pessoas que eu atendia, principalmente as pessoas com deficiência física, que são os paraplégicos e tetraplégicos, a dificuldade de usar, ter uma vestimenta adaptada”, explica.
      O projeto demorou três anos para ser colocado em prática. Dariene revela que o pontapé inicial surgiu “meio que sem querer”, quando recebeu a indicação de uma estilista que poderia tornar reais os modelos que imaginava. “Eu tinha um projeto em mente e meio que me faltava uma pessoa para poder confeccionar a minha ideia, confeccionar esse molde (…). Acabei encontrando uma estilista, e a gente criou um projeto piloto”, explica.
Para a elaboração dos modelos, Dariene afirma que avalia todas as necessidades das pessoas com deficiência com as quais tem convivência.
      “De início eu pensei na questão da pessoa com cadeira de rodas, que usa prótese de membro inferior. Dependendo da patologia que ela teve, da sequela, acaba tendo dificuldade… Às vezes é com o comprometimento da parte urinária, às vezes essa pessoa usa fraldas. Se antes ela vestia número 40, vai ter que comprar um número a mais”, diz. Por isso, o modelo de calça que desenvolveu tem elástico e é um pouco mais “fofo” atrás caso a pessoa use fraldas.

      As peças também têm aberturas dos lados e fechamento com velcro, que facilitam na hora de serem vestidas (um cadeirante, por exemplo, consegue se vestir deitado). “Algumas pessoas usam cateterismo que é uma sonda de alívio, têm a necessidade de tirar a calça a cada três horas.” Os modelos facilitam, ainda, a vida daqueles que precisam da ajuda de um cuidador para se vestir, comenta.

FONTE: Ser Lesado