sábado, 26 de abril de 2014

CEM ANOS DE SOLIDÃO



      Li "Cem Anos de Solidão" pela primeira vez em 1993, com dezesseis anos, e tomei a sábia decisão que dali para frente, o releria a cada dez anos. Reli novamente aos 26 e agora, com 36, estou fazendo a terceira leitura. Sempre que alguém me pede uma indicação de algo para ler, pergunto: - Já leu "Cem Anos de Solidão"? Se não leu, sugiro. Se já leu, trocamos figurinhas sobre esta obra prima da literatura universal. 
      Não é um livro qualquer. É daqueles livros que prende, que cativa, onde a o ritmo da leitura flui com inesgotável facilidade, pois a cada página acontece algo de interessante e que nos desafia. Um coronel arruinado pelo coração solitário, dois gêmeos que no final de suas vidas são enterrados em lugares trocados, uma moça que de tão bela sobe aos céus envolta a lençóis, uma senhora que tece a própria mortalha inspirada pela Morte. Assim é o universo mágico de Gabo, ainda que esta não seja a sua obra preferida. Gabo preferia "O amor nos tempos do cólera", por achá-la mais humana. Concordo com ele, mas para mim, "Cem Anos de Solidão" é e sempre será a sua maior contribuição para a humanidade.  
      Na foto acima, a capa da edição que me encantou com 16 anos de idade e que me aprisionou deliciosamente à releituras posteriores, uma a cada dez anos.

por Cristiano Refosco

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