quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CINEMA EM TIRAS - POLTERGEIST, O FENÔMENO - PARTE 5



POLTERGEIST 2 


    A família Freeling se muda na tentativa de recuperar-se do trauma causado pelo seqüestro de Carol Anne (Heather O'Rourke) pela Besta. No entanto, a família será seguida. Assim, a Besta reaparece como o Reverendo Kane (Julian Beck), um religioso que foi responsável pela morte de muitos dos seus seguidores. O objetivo da Besta é ter Carol Anne, mas para isto precisa ser mais forte que o amor da família dela, que se uniu a uma mediúnica que já os tinha ajudado no passado e a um sábio índio.

    Há algo de (muitíssimo) errado, contudo, com Poltergeist 2. Alguém nada sábio destruiu a premissa básica das assombrações e o clima de horror causado pelas forças desconhecidas, para investir em um filme neurótico e esquizofrênico, que parece tentar se salvar nos atores e na direção e se apoiar em uma enxurrada de efeitos especiais. Efeitos, aliás, bons para a época, mas tenebrosos vistos hoje em dia. 

     Para se ter uma ideia da loucura e da falta de competência dos envolvidos na produção, o filme flerta com filmes de zumbis: num pesadelo, a Sra Diane Feeling (Jobeth Williams) é tragada pela terra por mortos-vivos, em uma cena gratuita e risível (dá para imaginar que o falecido Michael Jackson vai entrar em cena dançando e cantando “Thriller” a qualquer momento). Depois, flerta com filmes de monstros: o Sr Steven Freeling (Craig T Nelson, mais velho e mais magro) acaba “parindo” pela boca a criatura do outro mundo, que parece se desenvolver rapidamente como um verme, numa das cenas mais estranhas e desnecessárias de todo o filme. Não dá para deixar de citar a criatura em que o reverendo se transformou, uma mistura de anêmona marinha com hidra e medusa, que toma um safanão de volta para o inferno com um tipo de “cuspe” espiritual. É bizarro. 


    O filme ainda tenta homenagear filme de assassinos: uma “serra elétrica” ataca a família dentro do carro cercada por fios elétricos, durante a fuga da casa assombrada (a cena provavelmente inspiraria bem mais tarde o terror adolescente “Premonição”); e vira até filme com ar de fantasia, com o final completamente fora do compasso do restante, em que a família, do “outro lado”, ao que se refere o título do filme, trava uma batalha com a “Besta” num cenário de efeitos especiais medíocres. 
FONTE: http://ccine10.blogspot.com.br/








 

Nenhum comentário:

Postar um comentário