sábado, 29 de novembro de 2014

HISTÓRIA E DEFICIÊNCIA - ROMA



    As leis romanas da Antiguidade não eram favoráveis às pessoas que nasciam com deficiência. Aos pais era permitido matar as crianças que com deformidades físicas, pela prática do afogamento. Relatos nos dão conta, no entanto, que os pais abandonavam seus filhos em cestos no Rio Tibre, ou em outros lugares sagrados. Os sobreviventes eram explorados nas cidades por “esmoladores”, ou passavam a fazer parte de circos para o entretenimento dos abastados.

    Ao tempo das conquistas romanas, auge dos Césares, legiões de soldados retornavam com amputações das batalhas dando início a um precário sistema de atendimento hospitalar.

    Foi no vitorioso Império Romano que surgiu o cristianismo. A nova doutrina voltava-se para a caridade e o amor entre as pessoas. As classes menos favorecidas sentiram-se acolhidas com essa nova visão. O cristianismo combateu, dentre outras práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Os cristãos foram perseguidos porém, alteraram as concepções romanas a partir do Século IV. Nesse período é que surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas com deficiências.

FONTE: http://www.ampid.org.br

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CINEMA EM TIRAS - BEN-HUR - PARTE 4


   A corrida de bigas é o ponto alto do filme, não apenas pela emoção que impõe, como pelas resoluções que surgirão a partir dela e seu resultado. Não por acaso, é uma cena sempre lembrada e já, de certa forma, imitada em filmes como Star Wars - Episódio 1. Ben-Hur até hoje é um dos recordistas de premiações, tendo faturado 11 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor. 

   A cena da corrida de bigas já começa focando o protagonista e o antagonista. Interessante observação à encenação, com Messala todo paramentado, com capacete e roupa fina, e um chicote na mão. Enquanto que Ben-Hur está com sua roupa de escravo, sem nenhuma proteção e sem um chicote, seu único recurso para comandar os cavalos é a própria rédea. O que o torna ainda mais bem visto, já que nem sequer maltrata os animais. O gesto de Messala chicoteando o coloca em uma visão ainda mais cruel. 


    William Wyler utiliza muito bem o espaço cênico, intercalando planos gerais da arena, com planos próximos dos dois personagens e muitos planos-detalhes que dão a verdadeira emoção da corrida. Vemos o detalhe do rosto de um homem que perde o controle e tem sua biga destruída. Ou o detalhe da roda da biga de Messala que possui uma aparelhagem que trapaceia destruindo as rodas dos adversários.  

   A poeira levantada e as patas dos cavalos dão o ritmo da emoção. Principalmente porque não é utilizada música na cena e sim os sons da cavalgada, os gritos da multidão e o grito de esforço dos próprios competidores.
    A cena em que um competidor de verde é derrubado por Messala e, apesar de tentar se desvencilhar, acaba atropelado por uma biga é impressionante. Traz ainda mais emoção à cena, que está recheada de acidentes e reviravoltas. E é interessante ver o cuidado da direção em mostrar, na próxima volta, o corpo sendo retirado de maca da pista. Curioso que logo depois temos a primeira tentativa de Ben-Hur de ultrapassar Messala

   Ficamos tensos com a possibilidade da roda de Messala atingir Ben-Hur ao mesmo tempo em que queremos vê-lo o ultrapassando. William Wyler começa a usar a partir daqui uma câmera quase subjetiva, colocada um pouco atrás da cabeça de Ben-Hur como se nos convidasse a correr junto com o protagonista em busca da vitória. E isso torna tudo mais emocionante, de fato.
    Quando faltam poucas voltas, Ben-Hur e Messala estão praticamente emparelhados, mas as rodas não se tocam, criando apenas a expectativa da resolução. E, claro, as dificuldades continuam, como os restos da biga de um dos competidores vítima de Messala que faz Ben-Hur saltar e quase cair da biga.  

   A disputa continua e a roda de Messala sempre tenta pegar a de Ben-Hur, mas ele vai lutando para se desvencilhar a cada segundo. Irritado por não conseguir derrubar o adversário, Messala começa a chicotear o próprio Ben-Hur. Os dois lutam pelo chicote, enquanto o plano-detalhe vai mostrando a aproximação das rodas, naquilo que é o clímax da cena.
    Ben-Hur consegue tomar o chicote e, ao retribuir a tentativa de surra que o ex-amigo estava fazendo, acaba conseguindo derrubar Messala de sua biga. E ele vai sendo arrastado pelos próprios cavalos e pisoteado pelo corredor que vem logo atrás, em outra cena de grande impacto visual. E o detalhe é que, mesmo com o chicote nas mãos, Ben-Hur o joga fora e termina a corrida da mesma forma que começou para delírio da plateia. 


FONTE: http://www.cinepipocacult.com.br/














 CONTINUA...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PESQUISADORES DA USP DÃO PASSO IMPORTANTE NO TRATAMENTO DO AUTISMO


    Pesquisadores da USP deram um passo importante no tratamento do autismo. A doença prejudica o desenvolvimento do cérebro e afeta o comportamento e as habilidades de comunicação.

       Aos 15 anos, Igor cursa o ensino médio. Nunca repetiu de ano. Leva uma vida normal, mas tem diagnóstico de autismo leve. Toma remédios. Os sintomas, que já foram piores, hoje se resumem a uma certa agitação e à falta de sono.

   “Preciso de medicamento para dormir, não consigo dormir. Fico horas tentando dormir”, disse Igor de Camargo Castro, de 15 anos.

      Ele é um dos mais de mil pacientes estudados no Instituto de Biociências da USP. E foi o material retirado de um dente de leite de outro paciente, também autista, que serviu de base para a pesquisa, publicada em uma das principais revistas científicas do mundo.

    Estudando o DNA do paciente, a equipe da geneticista Karina Oliveira identificou uma mutação em um gene chamado TRPC6.

    Com a ajuda de equipes de universidades americanas, as células do dente foram transformadas em neurônios. Em um deles foi inserido um gene TRPC6 normal. Os sintomas do autismo desapareceram.

        Ao mesmo tempo, o funcionamento do gene foi bloqueado em um neurônio normal, de outra pessoa. O resultado foi o oposto. Esse neurônio começou a apresentar características de autismo.

      O passo seguinte seria desenvolver ou identificar uma droga, um medicamento que pudesse produzir em pacientes o mesmo efeito já obtido em laboratório. A boa surpresa foi descobrir que não apenas essa substância já existe, como está associada à medicina popular.

      A hiperforina é encontrada na erva de São João, indicada para o tratamento de depressão. Aplicada em laboratório, a hiperforina também conseguiu corrigir neurônios com autismo.

     “De maneira alguma significa a cura do autismo. A gente precisaria testar isso em pacientes e, principalmente, a gente imagina, como o autismo pode ser causado por diferentes genes, pode ser que essa droga só tenha efeito em pacientes que tenham alterações nesse gene especificamente”, afirmou Karina Griesi Oliveira, geneticista e coautora da pesquisa.

Jornal Nacional / G1

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

MÁQUINA DO TEMPO - ASILO PADRE CACIQUE



    O Asilo Padre Cacique é uma organização não governamental sem fins lucrativos, fundado em 19 de Junho de 1898, pelo Padre baiano Joaquim Cacique de Barros.
 
    Joaquim Cacique de Barros (1831 – 1907) foi um padre baiano que chegou jovem ao nosso Estado e empenhou-se, a vida inteira, pelos seus semelhantes. Hoje, o Padre Cacique dá nome ao asilo e também à avenida que passa diante da grande e antiga construção, ali instalada a partir de 1846, na época ainda à beira do Guaíba, como na foto acima. Primordialmente chamado de Asilo de Santa Tereza, recebeu, em 1885, a ilustre visita da Princesa Isabel.
 
    Com o passar dos anos foi adequando-se às legislações da Política Nacional do Idoso, definindo seus cuidados a idosos a partir de 60 anos.
 

 
 
 
 
 

CINEMA EM TIRAS - BEN-HUR - PARTE 3





O estádio confeccionado para Ben-Hur seguiu detalhes do que foram utilizados na versão de 1925.


• Após as filmagens, os cenários de Ben-Hur foram todos destruídos por ordem de Sam Zimbalist, que temia que eles fossem utilizados em produções italianas menores. 

Miklós Rózsa compôs a trilha sonora de Ben-Hur em oito semanas.
 

Uma figura impactante no filme Ben-hur é a de Jesus Cristo, que sempre aparece de costas. O ator que interpretou o rabi de Nazaré era Claude Heater, um cantor de ópera (barítono e tenor) e também escritor religioso.











 FONTE: http://classicosnaoantigos.blogspot.com.br

























CONTINUA...




terça-feira, 25 de novembro de 2014

A CEGUEIRA VISTA PELO CINEMA - DANCER IN THE DARK



Título Original: Dancer in the dark
Ano: 2000
País: Dinamarca
Realizador: Lars von Trier
Género: Drama
Actores: Björk, Catherine Deneuve, David Morse
Duração: 141 minutos


Sinopse:
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, "Dançando no Escuro" é uma das obras-primas do polémico cineasta Lars Von Trier. A cantora Björk é impressionante como Selma, uma emigrante checa, mãe solteira, que trabalha numa fábrica de moldes de metal na América rural dos anos sessenta. A única alegria da sua vida é a paixão pela música, por tudo-o-que-se-canta, tudo-o-que-se-dança, dos musicais de Hollywood. Mas Selma tem um triste segredo: está a perder a visão e o seu filho terá a mesma sina se ela não conseguir poupar dinheiro suficiente para o fazer operar. Quando um vizinho desesperado acusa falsamente Selma de lhe ter roubado as suas poupanças, o drama da sua vida resvala para um trágico final.
FONTE: http://www.deficienciavisual.pt/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

CINEMA EM TIRAS - BEN-HUR - PARTE 2




     Ben-Hur é um dos recordistas de Oscars recebidos, com onze estatuetas, estando empatado com Titanic, de 1997 e O senhor dos anéis: o retorno do rei, de 2003.


• O ator Burt Lancaster recusou o papel de Judah Ben-Hur porque era ateu e não queria ajudar a promover a Cristandade. Além de Lancaster, os atores Marlon Brando e Rock Hudson também recusaram.


• A produção de Ben-Hur foi uma bem-sucedida tentativa da Metro Goldwyn Mayer de sair da ameaça de falência.


• Gore Vidal declarou certa vez que o roteiro original previa um relacionamento homossexual entre Ben-Hur e Messala. Como o diretor Wyler sabia que Heston nunca aceitaria interpretar um personagem assim, Vidal sugeriu contar apenas a Stephen Boyd (Messala) sobre esse relacionamento — o que pode ser notado nas interpretações de Ben-Hur e Messala.


• A MGM queria que um autêntico barco romano fosse utilizado nas cenas de batalha. Para tanto, contratou um engenheiro que se dedicava à arquitetura romana. Quando ele apresentou o design do barco aos engenheiros da MGM, estes disseram que o barco afundaria, pois era muito pesado. Ainda assim o barco foi construído e, ao ser colocado no oceano, inicialmente flutuou. Porém uma pequena onda foi suficiente para afundar a embarcação. Por causa disso, as cenas foram rodadas em um gigantesco tanque, com cabos prendendo o barco ao tanque. 

• Após a construção do tanque, era preciso dar à água (que estava marrom-escura) o tom azul-mediterrâneo necessário para que as cenas parecessem reais. Foi utilizado um composto químico que realmente azulou a água, mas também formou sobre ela uma crosta, que precisou ser toda retirada do tanque por operários da MGM. 

• Durante as filmagens no tanque, um dos figurantes caiu na água e lá ficou por muito tempo. Ao sair, ele estava totalmente azul, e teve seu salário pago pela MGM até sua pele voltar ao normal. 

• Só a construção da arena para a corrida de quadrigas (na Cinecittà, em Roma) custou um milhão de dólares. Nessa sequência – dirigida em 94 dias por Andrew Marton, Mario Soldati e Yakima Canutt, especialista em cenas de perigo –, utilizaram-se cinco câmeras, oito mil figurantes e 76 cavalos.


• Para a entrada dos corredores, o diretor de fotografia Robert Surtees usou uma grua de mais de trinta metros de altura: o espectador vê as quadrigas desfilando na pista como se sobrevoasse a arena. O efeito é realçado pela utilização do processo cinematográfico Camera 65, um aperfeiçoamento do CinemaScope. 

• Apesar de na Itália haver cavalos brancos, os quatro que foram utilizados nas filmagens vieram da Tchecoslováquia, trazidos na primeira classe de um avião fretado e que teve seus assentos retirados.
FONTE: http://classicosnaoantigos.blogspot.com.br












 CONTINUA...

domingo, 23 de novembro de 2014

HISTÓRIA E DEFICIÊNCIA - GRÉCIA



    Platão, no livro A República, e Aristóteles, no livro A Política, trataram do planejamento das cidades gregas indicando as pessoas nascidas “disformes” para a eliminação. A eliminação era por exposição, ou abandono ou, ainda, atiradas do aprisco de uma cadeia de montanhas chamada Taygetos, na Grécia.

    Em Esparta os gregos se dedicavam à arte da guerra, preocupavam-se com as fronteiras de seus territórios, expostas às invasões bárbaras, principalmente do Império Persa. Pelos costumes espartanos, os nascidos com deficiência eram eliminados, só os fortes sobreviviam para servir ao exército de Leônidas.

     Dentre os poetas gregos o mais famoso é Homero que, pelos relatos, era cego e teria vivido em época anterior a VII a.C.. Escreveu os belos poemas de Ilíada e Odisséia. Em Ilíada Homero criou o personagem de Hefesto, o ferreiro divino. Seguindo os parâmetros da mitologia, Hefesto ao nascer é rejeitado pela mãe Hera por ter uma das pernas atrofiadas. Zeus em sua ira o atira fora do Olimpo. Em Lemnos, na Terra entre os homens, Hefesto compensou sua deficiência física e mostrou suas altas habilidades em metalurgia e artes manuais. Casou-se com Afrodite e Atena. Homero e seu guia Dioniso conduz Hefesto ao Olimpo (Pintor de Cleofonte, 430-420 a.C.).

FONTE: http://www.ampid.org.br/

sábado, 22 de novembro de 2014

CINEMA EM TIRAS - BEN-HUR



    Ben-Hur é um  de 1959 e foi  dirigido por William Wyler.  O roteiro  foi baseado no romance de mesmo nome do escritor Lew Wallace.  
    O filme se passa na época de Jesus Cristo,  e conta a vida de um judeu de grande influência (Judah Ben-Hur), que é traído por seu amigo (Messala) romano, e é então escravizado.   Ele luta pela liberdade e volta para conseguir a vingança.
    

ELENCO PRINCIPAL:

  •  Charlton Heston.... Judah Ben-Hur
  • Stephen Boyd... Messala
  • Jack Hawkins... Quintus Arrius
  • Haya Harareet... Esther
  • Martha Scott... Miriam
  • Cathy O'Donnell... Tirzah
  • Frank Thring... Pôncio Pilatos 














CONTINUA...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A CEGUEIRA VISTA PELO CINEMA: A PESSOA É PARA O QUE NASCE



 
Título Original: A pessoa é para o que nasce
Ano: 2003
País: Brasil
Realizador: Roberto Berliner
Género: Documentário
Duração: 84 minutos

Sinopse:
São irmãs. São três. São cegas. Unidas por esta peripécia incomum do destino, viveram toda a sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas, nas cidades e feiras do nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres e revela suas curiosas estratégias de sobrevivência, da qual participam parentes e vizinhos. Acompanha também, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades. Um filme em que diretor e personagens confrontam-se com os laços que surgem entre eles, revelando a sedução e os riscos do ofício de documentarista. 

FONTE: http://www.deficienciavisual.pt/

ENSAIO DISCUTE SEXUALIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Mulle, que nasceu com paralisia cerebral, teve um filho com Sonny


    Se a sexualidade já é um tabu, a vida sexual de pessoas com alguma deficiência é um assunto ainda mais delicado.
  Para romper esse preconceito, o projeto dinamarquês LigeLyst promove a educação sexual de jovens com paralisia cerebral, amputados, cadeirantes e outras condições.
    A ideia é trabalhar especificamente a dificuldade de cada um, por meio de palestras e aconselhamento, para desenvolver uma sexualidade saudável e segura.
    Para estimular esse debate e inspirar educadores a tratarem o tema de forma mais consciente, o LigeLyst apresentou uma exposição sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. Confira:


Christian nasceu com uma lesão cerebral


Kasper é surdo desde os 6 anos

Mie perdeu boa parte da visão

Stine tem paralisia cerebral

Tina nasceu sem a mão direita e perna direita

Vickie e Thomas têm paralisia cerebral


Julie é autista e tem Transtorno do Déficit de Atenção



FONTE: https://catracalivre.com.br/