terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A ORIGEM DAS COISAS - CARNAVAL - PARTE 2


 


     As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
 
     Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.
Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis  cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio. A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações.
 
 
     A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa. Durante os carnavais medievais por volta o século XI, no período fértil para a agricultura, homens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campo durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos morto e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que ali habitavam, fartando-se com comidas e bebida, e também com os beijos das jovens das casas.
 
 

FONTE: BRASILESCOLA

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