quinta-feira, 16 de março de 2017

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODEM ESTAR ENFRENTANDO A EXTINÇÃO



      Recentemente, um vídeo compartilhado nas redes sociais, foi visto, compartilhado, e recebeu muitos comentários sobre seu conteúdo, mas na verdade, ele ainda merece muito mais atenção e louvor. Lord Shinkwin, membro conservador da Câmara dos Lordes, falou ousadamente no plenário do Parlamento em defesa de crianças não nascidas, cujas vidas são ameaçadas pelo aborto só porque foram diagnosticadas com alguma deficiência.

      “Pessoas com deficiências congênitas estão enfrentando a extinção. Se fôssemos animais, talvez pudéssemos nos qualificar para proteção como espécies ameaçadas de extinção. Mas somos apenas seres humanos com deficiência, por isso não nos qualificamos “.
 
      As palavras de Lord Shinkwin foram ainda mais emocionantes, já que ele mesmo possui uma deficiência. Sua Senhoria tem uma condição congênita chamada osteogênese imperfeita, também conhecida como “Ossos de vidro”. Apesar de sua condição, que alguns podem ver como um revés, Lord Shinkwin teve uma longa carreira de serviço público e trabalho de caridade.
 
        
      Na Grã-Bretanha, como nos Estados Unidos, a discriminação com base na deficiência é geralmente ilegal. No entanto, essas proteções não são estendidas à crianças antes do nascimento.
 
      Independentemente da natureza da deficiência da criança, muitas delas com deficiência, tem sido privadas do direito de nascer.
 
      O Scotsman relata , “entre 2005 e 2015 houve um aumento de 68 por cento no aborto com base na deficiência no Reino Unido e de 1995 a 2005, um aumento de 143 por cento em abortos para a Síndrome de Down.”
 
      Em observações feitas em outubro, Lord Shinkwin afirmou que, de acordo com estatísticas oficiais do Departamento de Saúde do Reino Unido, 11 crianças foram abortadas em 2015 devido a um “lábio palatino” – uma condição que pode ser facilmente corrigida com cirurgia menor.
 

      No mundo moderno, muitas pessoas não pensam seriamente na ideia da eugenia. Para a maioria de nós, é um conceito dos livros de história ou fora da ficção científica. No entanto, como uma sociedade, devemos considerar como a mentalidade eugênica tem influenciado como vemos, deficiência e indivíduos com deficiência.
 
      Pelo menos, parece que a mentalidade eugênica nos deixou com um medo profundo de deficiência, e a ideia equivocada de que nenhuma vida é preferível a uma vida com uma deficiência.
 
      O fato de que a vida de uma criança com fenda palatina ou síndrome de Down ainda pode ser encerrado devido à sua condição é quase incompreensível.
 
      “Ninguém pode julgar o valor da vida de outro ser humano. Ninguém pode determinar o potencial de outro. Para quem pode dizer que um dia um menino com Osteogênese Imperfeita, ou Síndrome de Down não vai bravamente levantar-se no Parlamento (ou Congresso) e falar em nome daqueles que não podem falar por si mesmos?”
 
      No Brasil infelizmente, a luta pelo direito ao aborto de bebês com deficiência, anda comprometida.
 
      No início de 2016, valendo-se da propagação de uma suposta epidemia causada pelo Zica Virus, um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas que articulou a discussão sobre aborto de fetos anencéfalos no Supremo Tribunal Federal, acatada em 2012, preparou uma ação para pedir à Suprema Corte o direito ao aborto em gestações de bebês com microcefalia.

      Agora, um ano depois, o STF está prestes a  liberação do aborto para mulheres infectadas pelo zika vírus.
 
      Para Rodrigo Janot, a decisão tomada em 2012 pelo Supremo que autorizou aborto em caso de fetos anencéfalos também deve valer quando houver diagnóstico de infecção do zika, por motivo de “proteção da saúde” da mulher.

FONTE: CASA ADAPTADA

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