sexta-feira, 14 de abril de 2017

O ABRAÇO DE POMPEIA





      Uma das imagens mais conhecidas da tragédia de Pompeia, ocorrida em 79 d.C., é o abraço petrificado que se acreditava ter sido dado entre duas mulheres que, desesperadas, se agarraram uma a outra no momento em que as cinzas do Monte Vesúvio atingiam a cidade italiana e corroíam seus habitantes.
      Os pesquisadores do sítio arqueológico de Pompeia, porém, fizeram uma descoberta que muda a cena por completo. As duas pessoas abraçadas eram, na verdade, dois homens. A equipe chegou ao resultado fazendo exames de DNA e de radiografia nos corpos. Segundo eles, um dos rapazes tinha 18 anos na época em que morreu, enquanto o outro tinha em torno de 20.
      No entanto, ainda não se sabe exatamente qual seria o relacionamento entre os dois. "Não dá para dizer com certeza se os dois eram amantes. Mas, considerando a posição em que estavam, você pode sim fazer essa hipótese. É difícil dizer com exatidão", explica o diretor geral do sítio, Massimo Osanna. 


      

      A análise de DNA mostra que com certeza eles não possuíam nenhum grau de parentesco primário, não sendo pai e filho, nem irmãos. Nos últimos dois anos, restauradores vêm trabalhando nos 86 corpos encontrados imobilizados após a erupção do vulcão há quase 1.900 anos.
      As relações homossexuais entre homens na época da Roma antiga não eram encaradas como nós as vemos hoje em dia. O fato de um homem ter relações sexuais com outro não afetava seu status social e muito menos os classificava como homossexuais. Esse tipo de relacionamento era considerado algo natural e até mesmo estimulado, e muitos acreditavam que o ato enriquecia a vida intelectual dos praticantes.



(Com informações de IFLScience)

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